A estreia do Flamengo com vitória na Copa do Brasil trouxe boas notícias, em dia marcado por uma polêmica envolvendo Gabigol. O atacante, que será multado por não se apresentar em Curitiba junto ao elenco para ser reavaliado, já seria vetado e daria lugar a Rodrigo Muniz contra o Coritiba. O substituto fez as vezes de artilheiro e marcou, de cabeça, o gol da vitória rubro-negra. Muniz novamente provou que, na ausência do ídolo, convocado para a Copa América, pode ser boa opção para atuar quando Pedro, que em julho deve defender o Brasil na Olimpíada, não jogar. Ontem, Pedro foi preservado.

Com o resultado, suficiente como a atuação, o Flamengo leva vantagem para o jogo de volta no Rio, na próxima quarta-feira. No domingo, às 16h, no Maracanã, o adversário é o América-MG, pelo Brasileiro. Pedro e Gerson estarão à disposição do técnico Maurício Souza. Com Covid-19, Rogério Ceni segue fora.

A partida marcou ainda a boa participação de Éverton Ribeiro, que hoje se junta a Gabigol em São Paulo para a disputa da Copa América. Gerson, poupado assim como Pedro, será opção nos jogos do time em junho, antes de seguir para o Olympique, da França. Também vetado, o zagueiro Rodrigo Caio é o reforço inesperado depois de se recuperar de dores no joelho. Ele acabou fora da lista de Tite.

A primeira partida do Flamengo em meio aos desfalques convocados ainda teve a reestreia de Rodinei, que entrou mal no segundo tempo. Isla, com o Chile, e Arrascaeta, com o Uruguai, também só retornam após a Copa América. Vitinho foi a outra opção no setor ofensivo, no lugar do uruguaio, e não comprometeu. Notou-se que, diante de um adversário sem tanto repertório, o Flamengo conseguirá se virar bem nesse período de ausências.

O gol da vitória veio em escanteio exatamente cobrado por Vitinho e arrematado por Muniz. Com o jovem, o time do Flamengo ganha mais força no jogo aéreo do que com Gabigol e até Pedro. Ainda assim, o time manteve a característica de posse de bola e transição rápida, comandado por Diego e Ribeiro. Outro jovem, João Gomes, voltou a substituir Gerson em bom nível. Mais na proteção que na criação.

O goleio Diego Alves, aliás, pouco trabalhou. Remanescente do ataque titular, Bruno Henrique destoou ao não conseguir ter o mesmo desempenho em relação aos jogos com a equipe completa. Mas como o time foi dominante no ataque, teve pouco espaço para explorar sua velocidade. Na melhor jogada do Flamengo no segundo tempo, escapou na ponta esquerda, mas falhou no passe final.

Quando as substituições se sucederam, o time caiu de produção. Já tirou o pé do acelerador em toda a etapa final. Com elenco curto, o Flamengo pareceu já se poupar para a sequência que se anuncia sem as principais estrelas.