Aniversariante, Diego lidera o Flamengo em estreia na Libertadores

Ao fim do último treino antes da estreia do Flamengo na Libertadores, o técnico Paulo Cesar Carpegiani conversa por alguns minutos em separado com o meia Diego. É do agora camisa 10 a maior responsabilidade de carregar a equipe rubro-negra a uma campanha mais relevante desta vez, após eliminação de forma traumática na primeira fase no ano passado, pelo San Lorenzo – em 13 participações, o time caiu na fase de grupos cinco vezes, três delas consecutivas.

Nesta quarta-feira, às 21h45m, em um Nilton Santos sem torcida, diante do River Plate, tricampeão do torneio, o rubro-negro tenta afastar o fantasma e voltar a vencer a competição após 37 anos. Diego, que completa 33 anos nesta quarta, pode ajudar a inaugurar uma nova era depois da geração de Carpegiani e companhia.

Em quase dois anos vividos intensamente no Flamengo, o último foi desafiador para o maestro do time atual. Diego começou bem na Libertadores, mas se lesionou e perdeu jogos importantes na volta da primeira fase. No retorno aos gramados, ainda teve a chance de disputar duas finais, da Copa do Brasil e da Sul-Americana, mas não foi protagonista. Chegou a perder um pênalti contra o Cruzeiro. O ano que começou com chance de atuar na seleção brasileira terminou mal, com cortes após convocações e pouca participação até em amistosos.

‘Cascudo’ e versátil

Mas o futebol oferece novas oportunidades. Com a Copa do Mundo pela frente, Diego tem metas pessoais a cumprir. Sabe que Tite conta com sua versatilidade. E que seus companheiros contam com sua liderança para o Flamengo voltar a levantar um troféu relevante.

– Diego é um cara que tem uma inteligência acima da média. A cobrança é em cima de todos, temos que dividir para não sobrecarregar ninguém, mas ele é cascudo, tem experiência longa – elogia Henrique Dourado.

Diego voltou da Europa após 12 temporadas e chegou em alto nível ao Flamengo, em 2016. O meia foi um dos responsáveis pela arrancada no Brasileiro, em um ano de longas viagens. Atuando mais centralizado, mas com grande mobilidade, deu as cartas na equipe que retornou à Libertadores depois de três anos. Na terceira rodada, diante do Atlético-PR, lesionou o joelho. Foi o início de uma provação. O retorno ao time veio depois da eliminação, tarde demais. Na volta, não conseguiu ser o organizador de outrora do time. Com Carpegiani, ele tem mais liberdade de criação para dar a volta por cima.

O jogo desta quarta-feira começa a colocar à prova o planejamento do Flamengo para a temporada. Com a Libertadores como obsessão, o clube poupou jogadores no Estadual e vai com força quase total diante do River Plate. Juan está confirmado. A única baixa é Cuéllar, suspenso. Além de Guerrero, claro, punido por doping pela Fifa. O substituto do peruano é Henrique Dourado, que estreia na competição com o rubro-negro após participação discreta pelo Cruzeiro, em 2015.

No mais, Carpegiani deve optar por Rodinei para o lugar de Pará. O objetivo é trabalhar melhor a bola contra os argentinos e evitar que a pressão pela vitória e por uma campanha melhor comece cedo, apesar da ausência da torcida no estádio.

– O nosso principal objetivo é a Libertadores. Vamos iniciar com força e pensamento positivo, esquecendo o que passou nos últimos anos – acrescentou Dourado. – Agora é vida nova.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/aniversariante-diego-lidera-flamengo-em-estreia-na-libertadores-22440011.html

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