Das lajes do Morro do Borel para o ginásio da Gávea
O início de 2022 tem sido marcante para Ana Luísa Batista. A jovem de 12 anos viralizou ao ser flagrada treinando em uma trave improvisada na laje de sua casa, no Morro do Borel. A menina recebeu uma bolsa do Flamengo e já teve a oportunidade de conhecer as referências da ginastica artística brasileira.
Como dito, o Rubro-Negro ofereceu estrutura para as aulas na modalidade e, além disso, abriu as portas para que a jovem realizasse alguns testes. Em meio a isso, Ana Luísa conheceu Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Daniele Hypólito, que são os maiores nomes brasileiros da ginástica.
O encontro foi filmado pela FlaTV e divulgado no canal oficial do clube no YouTube. As referências da modalidade deram as boas-vindas à Ana Luísa e como forma de inspiração contaram sobre a trajetória da carreira até chegar ao Flamengo. Veja algumas das declarações.
Rebeca Andrade
— Quando eu treinava em Guarulhos, eu conheci a Dai [Daiane dos Santos] e a Laís [Souza]. Quando me mudei para começar a treinar no Flamengo, estava a Jade, a Daniele, o Diego, então foi bem incrível. Eu sinto no coração como ela se sentiu. É bem legal.
— Se a gente batalhar bastante, acreditar nos nossos objetivos, nas pessoas que trabalham com a gente, acho que tem que ser grata por todas as coisas que acontecem. Tanto as coisas boas quanto as ruins. Na parte ruim, a gente também aprende a crescer. É onde você descobre a sua força. E saber que o dia ruim também passa, para que o dia bom seja muito mais aproveitado. É importante acreditar em você, principalmente. Ninguém pode querer mais do que você. E sempre ser muito grato, ter muita fé e correr atrás mesmo.
Daniele Hypólito
— Acabei vendo uma entrevista dela [Ana Luísa], porque, quando postaram o vídeo dela, me marcaram. Acabei começando a acompanhar. Em uma das entrevistas que vi, ela falou que era minha fã. Nisso, tentei achar o Instagram dela, mandei áudio pelo Instagram. Acho que é um incentivo, quando você dá a resposta para a criança. É o maior incentivo que você pode dar para uma criança talentosa e que tem essa vontade que a Ana Luísa tem. E tive a oportunidade de estar com ela.
Flávia Saraiva
— Por mais difícil que pareça ser, vocês conseguem ir atrás dos seus objetivos. Talvez não seja uma medalhista olímpica, mundial, mas estar no esporte é muito bom para você para incentivar e aprender a lidar melhor com a vida.
— A minha experiência foi um pouco diferente da dela [Ana Luísa]. A Dani [Daniele Hypólito] e o Diego [Hypólito] foram meus padrinhos de ginástica, assim que eu entrei na ginástica. Quando fui treinar em Três Rios, conheci a Jade, a Dani, conheci de verdade, a Rebeca também. Eu ficava super nervosa. Ficava do lado delas e pensava “Meu Deus, estou do lado da Jade Barbosa, respira, não está acontecendo nada, está tudo normal”.
Jade Barbosa
— Gratidão pelo carinho que você tem com a gente, pelo respeito, admiração. Você e todas as outras crianças, eu motivo a buscarem todos os meios de fazerem o que vocês querem. Vão até o final, não desistam. O tentar é muito melhor do que o não tentar.
— O Flamengo sempre foi o celeiro de muitos atletas. A gente sempre teve aqui a seleção brasileira inteira. Quando entrei em 97, a Dani [Daniele Hypólito] já estava e eu vi a Dani ir para a primeira Olimpíada. Já tinha um carinho por ela, da categoria adulta dentro do ginásio. Já admirava antes de conquistar medalha no Mundial. Quando aconteceu, falei caramba, que oportunidade.
Lorrane Oliveira
— Acho que foi uma experiência incrível para ela, porque eu tive uma oportunidade dessa quando era mais nova. O meu sonho era conhecer a Daiane dos Santos. Eu tive essa oportunidade antes mesmo de vir para o Flamengo. Foi uma inspiração maravilhosa para eu continuar neste caminho.
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