Após revés no Castelão, Arrascaeta rebate Rojo, critica gramado e mantém o foco do Flamengo na Libertadores

Arrascaeta assume a responsabilidade após a derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, aponta problemas no gramado do Castelão e reafirma o foco do Flamengo na semifinal da Copa Libertadores contra o Racing, em Avellaneda.

Reação imediata e análise da partida

O revés no Castelão deixou o elenco rubro‑negro abatido, mas Arrascaeta destacou que o time não pode se abater: há competições em disputa e decisões importantes pela frente. O meia uruguaio foi direto ao ponto sobre o sentimento do vestiário e a necessidade de reagir.

“É uma derrota muito dolorosa. Não podemos abandonar agora. São mais nove finais. Cada jogo é muito importante. Viemos aqui sabendo que seria um jogo muito difícil. Infelizmente, não fizemos um bom primeiro tempo. Eles fizeram, e depois fomos em busca do resultado. Tivemos situações, mas não conseguimos”, comenta.

No diagnóstico pós‑jogo, Arrascaeta admitiu que o Flamengo criou chances, especialmente no segundo tempo, mas não conseguiu superar as dificuldades iniciais e a solidez do adversário.

Gramado do Castelão: um fator contra o Flamengo

Além da leitura técnica, o camisa 14 apontou a condição do gramado como um elemento que atrapalhou a construção do jogo rubro‑negro. Segundo ele, a bola não rolou como o time esperava, o que prejudicou a dinâmica do primeiro tempo.

“A gente sempre tenta dar o nosso melhor. Às vezes, coisas correm bem, e às vezes não. O rival também joga. Um campo que é um pouquinho difícil. A bola rola um pouco menos, isso atrapalhou um pouco. Corrigimos isso no segundo tempo, criamos situações, mas não conseguimos virar”, comenta.

Essa leitura técnica já orienta a preparação do Flamengo para o duelo em Avellaneda, onde a equipe precisará adaptar ritmo e passes às condições do campo rival.

Provocações, postura e resposta a Marcos Rojo

Na esteira das provocações pré‑jogo, Arrascaeta respondeu com serenidade às declarações de jogadores do Racing, mantendo o discurso de respeito e confiança na própria equipe em vez de entrar em atrito.

— O torcedor que acompanha sempre o Flamengo tem total confiança nesse grupo, nesse time. Sempre nas adversidades, a gente coloca a cara e tem conseguido muita coisa importante. Então, estamos preparados para o que vier. Faz parte (as provocações do Rojo), é do time deles, podem falar o que quiser e nada vai mudar para nós —, disse Arrascaeta.

O recado prioriza foco tático e controle emocional: a resposta à pressão adversária deve vir em campo, com execução e comprometimento coletivo.

Recuperação, logística e o olhar para Avellaneda

Com a viagem marcada para o El Cilindro, Arrascaeta elogiou a estrutura do clube para a recuperação física do elenco e destacou o comprometimento dos jogadores em estar prontos para a semifinal da Libertadores.

“Temos uma estrutura muito boa no Flamengo para fazer uma recuperação. Sabemos do desgaste, de cada jogador. Ainda mais em fim de temporada. Mas todo mundo quer estar presente. Temos um comprometimento com o clube, com nosso grupo, de querer ganhar cada jogo”, diz.

A vantagem é mínima — 1 a 0 no agregado — e o confronto de quarta‑feira, 29 de outubro, às 21h30 (de Brasília), em Avellaneda, define quem avança. O Flamengo precisa equilibrar recuperação física, estratégia e conduta para transformar a decepção em combustível rumo à final.