As três falhas de planejamento do Flamengo na temporada

Restam apenas nove jogos para o Flamengo encerrar a temporada, e mesmo se ganhar o Brasileirão, o sentimento é de que o clube poderia ter ido além. Isso porque, o clube empolgou os torcedores em poucos momentos na temporada, como no início do Brasileirão nos jogos antes da parada para a Copa do Mundo, e no confronto contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Contudo, a regra foi o time apático que foi eliminado na Libertadores pelo Cruzeiro e na semifinal da Copa do Brasil diante do Corinthians, e que perdeu vários pontos no Brasileirão. Sendo assim, mais do que culpar treinadores ou jogadores, é necessário culpar os responsáveis pelo planejamento da instituição, que falhou diversas vezes em momentos cruciais, impossibilitando o time de alcançar melhores resultados e maior entusiasmo do torcedor. Diante disto, eis três deslizes da diretoria no delineamento do futebol esse ano:

1) Falta de definição/convicção na escolha do treinador

Sabendo que Rueda não ficaria para essa temporada, ainda em dezembro do ano passado, a diretoria de futebol preferiu apostar em Carpegiani, que a princípio seria contratado para a vaga de coordenador técnico, o que mostra a falta de convicção da diretoria, que além de não seguir um perfil na contratação de técnicos, deixou vago um cargo que julgava ser importante, o de coordenador técnico.

2) Vendas e Contratações

A diretoria sabia há muito tempo que Vinicius Jr não iria permanecer muito tempo por aqui, mesmo assim, só providenciou o seu substituto no último momento possível, prejudicando a adaptação de Vitinho ao futebol brasileiro, e Barbieri na montagem da equipe, contudo isso não pode servir de desculpa para o fraco rendimento de Vitinho até aqui (vale ressaltar que o camisa 14 foi bem nas duas últimas partidas).

A venda de Vizeu e a consequente contratação de Dourado foi desastrosa, pois o jovem atacante revelado na base, estava valorizado pois terminou o ano em alta, e artilheiro da última Sulamericana, já Dourado, sempre foi um atacante limitado com ótimo aproveitamentos em penalty, e uma única temporada razoável no Fluminense.

A não contratação de laterais e zagueiros, acabou por deixar o time limitado. O melhor momento defensivo da equipe foi com a dupla de zaga, Léo Duarte e Rhodolfo/Thuller, contudo Rhodolfo não sai do departamento médico, e Thullr é ainda inexperiente, sendo assim, a diretoria até tentou contratar Gustavo Gomez, mas após perde-lo para o Palmeiras, resolveu não contratar mais ninguém, fato semelhante ocorreu com Zeca, que hoje está no Internacional. O Flamengo buscou a contratação do lateral, mas não conseguiu e não buscou mais reforços para a posição.

Paquetá, ao lado de Cuéllar, Léo Duarte, Éverton Ribeiro e Diego Alves, são o que podemos chamar da base do Flamengo nesse ano. Contudo, o camisa 11 já está vendido, fato que era iminente, só que o momento escolhido para essa transação foi o pior possível, pois o time ainda tem chances de buscar o título do Brasileirão.

3) Falta de prioridades

Conquistar uma tríplice coroa envolvendo Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, é algo praticamente impossível no futebol. Pontudo, foi o que a diretoria do Flamengo almejou, mesmo após a vantagem considerável que abriu antes da parada da Copa do Mundo no Campeonato Brasileiro. Aquele era o momento de definir o Brasileirão como prioridade para esse ano, visto que a vantagem que a equipe tinha na competição, além de não conquistar um título de pontos corridos desde 2009. Contudo, o desgaste emocional de confrontos pesados na Libertadores e na Copa do Brasil, e a falta de rodagem no elenco, acabaram pesando, e hoje o time está a quatro pontos do líder Palmeiras.

Saudações RN.

Por: Wesley Paulo

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/10/as-tres-falhas-de-planejamento-do-flamengo-na-temporada/

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