Flamengo e Cruzeiro protagonizam briga jurídicial por conta de Mancuello desde o início de outubro. O argentino foi comprado pela equipe mineira em janeiro de 2018. Porém, até então, grande parte da dívida não foi quitada. O Fla, inclusive, deu entrada no Conselho Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que estabeleceu um novo prazo para que o Cruzeiro realizasse o pagamento de R$ 4 milhões, considerando juros e mora. No entanto, o caso foi negligenciado pela Raposa em mais de uma ocasião, gerando desgaste com o Rubro-Negro.
Para receber a quantia, o Flamengo deu entrada no CNRD e entrou em acordo para que o Cruzeiro realizasse o pagamento. Após a equipe mineira não cumprir o compromisso novamente, o Fla retornou ao CNRD, solicitando a penhora do título da Copa do Brasil, no dia 14 de outubro.
Sobre a dívida do Cruzeiro com o Flamengo referente à compra de Mancuello, que totaliza 4 milhões de reais, com juros e mora: como publicado aqui primeiramente, o departamento jurídico entrou com pedido na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) no dia 14 de outubro, (+)
— Venê Casagrande (@venecasagrande) January 3, 2019
O Flamengo aguarda o julgamento do CNRD, porém, até hoje isso não ocorreu. O Fla, aliás, precisará de (ainda) mais paciência para a resolução do caso. Isso porque o órgão entrou em recesso no dia 18 de dezembro e retornará apenas em 20 de janeiro. Até lá, não haverá novidade alguma.
solicitando a penhora do prêmio do Cruzeiro por ter conquistado a Copa do Brasil. Até hoje, o órgão não julgou o processo. CNRD entrou de recesso no dia 18 de dezembro e só retorna no dia 20 de janeiro (veja imagem abaixo). Então, até essa data, não terá novidades a respeito (+) pic.twitter.com/jH7OzenYPX
— Venê Casagrande (@venecasagrande) January 3, 2019
Sem ter recebido os valores pela venda do argentino, a tendência é que a decisão do CNRD seja favorável ao Rubro-Negro. No entanto, isso não significa que questão judicial chegará a seu fim. Isso porque, o Cruzeiro terá como recorrer ao Centro Brasileiro de Mediação de Arbitragem (CBMA), que corresponde à segunda instância.
Caso isso aconteça, o caso sairá das mãos da CBF. Isso porque, diferente do CNRD, o CBMA é um órgão independente. Vale frisar também que, diferente do que pode se imaginar, o imbróglio judicial não pode ir à Fifa. A entidade máxima não se envolve na questão, por se tratar de uma disputa entre clubes do mesmo país.
Caso a CNRD dê ganho de causa para o Flamengo, o Cruzeiro pode recorrer em segunda instância, na CBMA (Centro Brasileiro de Mediação em Arbitragem). O caso não pode ir à Fifa por ser tratar de uma dívida doméstica/nacional. #colunadofla
— Venê Casagrande (@venecasagrande) January 3, 2019
Complementando: CNRD é um órgão “da” CBF. Já CBMA é uma Câmara de Arbitragem independente, que foi escolhida pela CBF pra julgar em grau de recurso ações da CNRD. #colunadofla
— Venê Casagrande (@venecasagrande) January 3, 2019
O Departamento Jurídico do clube não fica imune à transição de diretorias, e o ‘caso Mancuello’ está entre os assuntos em pauta. Bernardo Assioli, diretor jurídico, realiza o processo junto a Rodrigo Dunshee, novo vice-presidente geral do clube. A decisão de deixar o Flamengo partiu do próprio Assioli, que pretende se dedicar à carreira profissional como advogado. Sendo assim, logo após o retorno das atividades no CNRD, os novos responsáveis pela pasta terão totais condições para dar sequência na resolução do imbróglio.