Resumo
O balancete do 3º trimestre de 2025 do Flamengo registra R$ 278.757.000 em recebíveis, quase o dobro do saldo ao final de 2024. Três negociações — Wesley (Roma), Alcaraz (Everton) e Matheus Gonçalves (Al‑Ahli) — respondem por cerca de 73% do total, e a maior parte das parcelas está concentrada em 2026 e 2027, condicionando o planejamento de caixa do clube.
Principais recebíveis e cronograma
– Wesley (Roma): R$ 94.869.000. Parcelada em duas prestações de R$ 47.434.500 com vencimentos em 31/08/2026 e 31/08/2027.
– Alcaraz (Everton): R$ 59.293.000. Duas parcelas de R$ 29.646.500 com prazos em 01/07/2026 e 30/06/2027.
– Matheus Gonçalves (Al‑Ahli): R$ 51.030.000. Três parcelas de R$ 17.010.000 entre 30/09/2025 e 2027.
Outros recebíveis relevantes listados no balancete:
– Thiago Maia (Internacional): R$ 23.802.000
– André Luiz (Estrela Amadora): R$ 13.947.000
– Lázaro (Almería): R$ 9.486.000
– Matheus França (Crystal Palace): R$ 7.863.000
– Vinícius Souza (Lommel): R$ 7.179.000
A distribuição das entradas evidencia forte concentração em 2026 e 2027, o que sustenta as projeções de caixa do clube para esses exercícios e exige atenção no gerenciamento do fluxo.
Inadimplência e impacto no planejamento
O relatório aponta R$ 14,2 milhões em valores já vencidos até 30/09/2025, com atrasos envolvendo Internacional (Thiago Maia), Estrela Amadora (André Luiz) e Leixões (Werton). Esses débitos em atraso demandam medidas de cobrança para mitigar riscos ao fluxo de caixa do Flamengo.
Além disso, há parcelas com vencimentos mais longos no portfólio: a última prevista no relatório vence em 10/09/2028, relativa à negociação de Igor Jesus com o Estrela Amadora. Prazoes alongados como esse reforçam a necessidade de gestão ativa para equilibrar receitas projetadas e compromissos nos próximos exercícios.
Conclusão
O aumento expressivo dos recebíveis e a forte concentração das principais parcelas em 2026–2027 moldam a previsão de caixa do Flamengo. A combinação de valores a receber elevados, parcelas de longo prazo e R$ 14,2 milhões em inadimplência ressalta a importância de cobranças efetivas e de planejamento financeiro rigoroso para reduzir riscos nos próximos anos.