Luiz Eduardo Baptista, atual presidente do Flamengo, assumiu o cargo em janeiro de 2025, após vencer as eleições rubro-negras no final do ano anterior. Durante a estadia do Mengão nos Estados Unidos, onde participa do Mundial de Clubes, o mandatário do Mais Querido revelou a realidade financeira que encontrou após o término da gestão de Rodolfo Landim.
— Se o Flamengo fosse uma empresa faturando R$ 1,5 bilhão por ano, ele tinha que ter uns 300, 400 milhões de reais em caixa. É assim que se toca uma empresa. Ninguém toca uma empresa grande com menos de 3, 4 meses de dinheiro em caixa. O Flamengo tinha dinheiro para dois dias, então o Flamengo tinha uma situação econômica boa, mas uma situação financeira ruim. Igual aquele cara que tem mobília, móveis, mas não tem dinheiro no banco. Não tinha liquidez -, revelou Bap.
No início de 2025, o Flamengo divulgou o relatório anual com as demonstrações financeiras auditadas referentes ao exercício de 2024. O balanço, por sua vez, apontou uma receita recorde de R$ 1,3 bilhão para o Mais Querido, mas também indicou um aumento de 581% na dívida líquida operacional, que saltou de R$ 48 milhões para R$ 327 milhões, além de um déficit de R$ 734 mil.
O crescimento da dívida do Flamengo se deve, principalmente, a dois fatores: o investimento em contratações e a aquisição do terreno para a construção do novo estádio. Afinal, o Mais Querido desembolsou R$ 146 milhões pela área do Gasômetro. Adicionalmente, somando as janelas de transferências de 2024, a diretoria rubro-negra investiu pouco menos de R$ 300 milhões em reforços.
Diante da situação financeira delicada, o foco do Flamengo no início do ano foi aumentar o caixa do clube. Assim, com a não renovação dos contratos de David Luiz e Gabigol, o Mais Querido conseguiu ‘abrir espaço’ na folha salarial mensal. Além disso, com a venda de Fabrício Bruno para o Cruzeiro, a diretoria obteve um montante adicional de 7 milhões de euros (R$ 44 milhões na época).
Publicado em colunadofla.com