A iminente eleição de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, para presidente do Conselho de Administração do Flamengo, em pleito com candidato único nesta quarta-feira, levantou vozes a favor de sua saída do Conselho do Futebol. Na pasta principal do clube, comandada por Marcos Braz, há desconforto em ver um membro de outro poder com influência direta em um braço do próprio Conselho Diretor, chefiado pelo presidente Rodolfo Landim.
Durante o processo de reeleição do mandatário, alguns conselheiros e até membros do conselhinho indicaram que não haveria impedimento estatutário. Mesmo assim, a presença de Bap nos dois poderes já gera incômodo.
Há expectativa de que o presidente Landim faça o juízo final e decida se manterá o dirigente ligado ao futebol. Procurado pela reportagem, o presidente não se posicionou. Há uma preocupação dos membros do departamento de que a política da Gávea não transborde ainda mais para a pasta em 2022.
Bap deixará a vice-presidência de Relações Externas, já que o estatuto prevê a incompatibiliade de funções com a presidência do Conselho de Administração. A atuação política do clube junto à CBF é uma das principais preocupações de Landim e o sucessor precisará de maior habilidade para defender os interesses do Flamengo nas discussões em relação ao futebol brasileiro.