José Boto tem reformulado a estratégia das contratações do Flamengo para tornar o processo mais pragmático e sustentável. A nova abordagem privilegia atletas com adaptação mais rápida, custo‑benefício melhor e menor risco financeiro, com atenção especial ao mercado sul‑americano como fonte de reforços alinhados ao estilo rubro‑negro.
Nova abordagem nas contratações
O objetivo central da mudança é reduzir a margem de erro em negociações e acelerar a integração dos novos nomes ao elenco. Em vez de priorizar apostas de alto custo vindas de mercados distantes, a direção passa a olhar com mais afinco para perfis que tragam retorno esportivo imediato e que se encaixem taticamente no projeto de Filipe Luís.
Isso envolve decisões mais rápidas nas janelas de negociação, cuidado maior com cláusulas e formatos de pagamento e uma prospecção orientada por inteligência de mercado. As contratações do Flamengo ganham, assim, um viés que combina análise técnica, adaptação cultural e sustentabilidade financeira.
Por que o mercado sul‑americano
O mercado sul‑americano é visto como alternativa natural por oferecer jogadores com custo geralmente mais acessível e maior familiaridade com o estilo de jogo brasileiro. A proximidade cultural e geográfica tende a reduzir o tempo de adaptação, fator valorizado pela diretoria ao montar o elenco para 2026.
O exemplo apontado pela direção para ilustrar esse novo caminho foi o de Carrascal: não pelo resultado isolado da negociação, mas pelas lições extraídas sobre encaixe tático e gestão do risco. O clube pretende usar aprendizados de negócios anteriores para aprimorar prospecção e evitar erros que oneraram o Flamengo no passado.
João Victor como parâmetro frente ao Palmeiras
Ao comparar o elenco com os principais rivais, José Boto citou João Victor como referência para identificar lacunas defensivas a serem corrigidas. A análise do zagueiro do Palmeiras serve como parâmetro para mapear qualidades desejáveis em reforços, como leitura de jogo, agressividade na marcação e presença física.
Essa comparação com o rival evidencia uma leitura minuciosa do que falta ao Flamengo para disputar em igualdade técnica. A diretoria pretende traduzir essa avaliação em alvos de mercado com perfil definido, reduzindo contratações por impulso e priorizando encaixe tático.
Impacto no elenco e desafios para 2026
No dia 22/12/2025, com a janela de transferências de 2026 se aproximando, a nova postura de José Boto terá papel direto em renovações, possíveis vendas e na busca por reforços pontuais. Jogadores já no elenco, como Carrascal, estarão em constante avaliação para decidir se permanecem no projeto.
O grande desafio será equilibrar ambição esportiva e controle financeiro: o Flamengo quer manter competitividade nas competições nacionais e internacionais sem assumir riscos desnecessários. A aposta em um modelo mais regional e analítico busca resultados de curto prazo e estabilidade no médio prazo.
Enquanto o departamento de futebol ajusta processos e prioriza alvos com perfil definido, a torcida permanece atenta às movimentações. A estratégia de Boto aponta para um Flamengo que pretende ser competitivo sem perder o foco na sustentabilidade e no encaixe dos jogadores ao estilo do clube.