CBF deixa de fora banimento de gramados sintéticos; Flamengo intensifica pressão pelo fair play

O Flamengo teve a proposta de banir gramados sintéticos ignorada pela CBF na reunião sobre o novo fair play financeiro realizada nesta terça-feira, 11 de novembro de 2025. O clube reforça que a proibição dos campos artificiais é essencial para preservar a equidade econômica entre clubes e a integridade física dos jogadores.

O encontro foi o último antes da apresentação do documento final, prevista para 26 de novembro, e reuniu dirigentes da Série A, representantes do Governo Federal, do Ministério do Esporte e da Fenapaf. A CBF avançou pontos sobre punições e período de transição, mas deixou de fora a pauta específica enviada pelo Flamengo sobre o gramado artificial.

Por que o Flamengo defende a proibição dos campos artificiais?

Para o Flamengo, o uso de gramado sintético gera desequilíbrio financeiro porque reduz consideravelmente os custos de manutenção em comparação com o gramado natural, criando vantagem competitiva indevida. O clube também alertou para potenciais riscos médicos associados ao jogo em campo sintético.

“Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas”

Além desse ponto, a proposta rubro-negra inclui medidas de governança mais rígidas, como bloqueio de registros para clubes em recuperação judicial e fiscalização ampla de custos. Luiz Eduardo Baptista citou o histórico do Flamengo na reestruturação financeira, lembrando os mais de R$ 4,5 bilhões quitados desde 2013 como exemplo de disciplina.

Mesmo sem ver a mudança aceita na reunião, o Flamengo afirma que seguirá atuando até a homologação do novo modelo, pressionando por regras que unam sustentabilidade financeira e proteção aos atletas.