A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está sempre atenta ao futebol brasileiro e às medidas que podem trazer algum benefício ao esporte. No último fim de semana, dois lances de fortíssimos de concussão marcaram duas partidas diferentes (Vitória-PE x Naútico e Sport x Central) e, por isso, a entidade está repensando no regulamento.
O problema tem sido recorrente no futebol brasileiro e devido à saúde dos atletas precisa ser tratado com importância. O colunista, Gabriel Coccetrone, do Lei em Campo, procurou a CBF para saber sobre a possibilidade de adotar o protocolo experimental de concussão da Fifa. O chefe da comissão médica da entidade, Jorge Pagura, confirmou que a medida será colocada em prática, mas não há um prazo para isso acontecer.
– Estamos discutindo em qual dos campeonatos organizados pela CBF aplicaremos a substituição extra, mas sem dúvida será utilizada -, revelou Pagura
Vale ressaltar que o protocolo de concussão foi aprovado em dezembro de 2020, pela International Football Association Board (IFAB), órgão que regula as regras do futebol. De acordo com a FIFA, a medida pretende reduzir a pressão na comissão técnica no momento da avaliação do jogador, além de “priorizar o bem estar do atleta”.
Por ser muito recente, o protocolo ainda não foi amplamente adotado. No entanto, entre as principais ligas da Europa, a Premier League (Inglaterra) e a Liga NOS (Portugal) resolveram implementar a medida já nesta temporada de 2021, além do Mundial de Clubes da Fifa, realizado em fevereiro.
Segundo o fisioterapeuta Hermano Pinheiro, especialista na área de concussão, a mudança no regulamento é um grande avanço para o esporte.
– A adoção de substituições adicionais em suspeita de concussão cerebral é uma evolução importante no protocolo existente no futebol profissional. A Premier League adotou essa iniciativa em fevereiro e, no Brasil, a CBF deveria seguir o exemplo. Atualmente, os 3 minutos de paralisação são insuficientes para uma avaliação neurológica adequada -, avaliou o especialista