CEO do Flamengo revela detalhes da venda de Paquetá ao Milan: ‘Não oferecemos os mesmos sonhos’

A venda de Lucas Paquetá ao Milan e a saída prevista para janeiro de 2019 caiu como uma bomba para os torcedores do Flamengo. Mas a diretoria marcou uma coletiva nesta quarta-feira para dar detalhes da negociação. Antes, o diretor-geral e CEO do clube, Bruno Spindel, concedeu entrevista ao site “Coluna do Flamengo” e revelou como o time tentou renovar com o meia-atacante, em vão, negou que o empresário Eduardo Uram vá receber comissão na venda e ainda esclareceu os rumores de que o Real Madrid poderia atrapalhar a venda.

– Claro que o Flamengo queria contar com ele por mais tempo, aumentar o contrato, etc. É um sonho de diversos atletas jogar na Europa, jogar na Liga dos Campeões. O Milan é um clube gigantesco, é rubro-negro, o que é interessante. Essa questão do atleta brasileiro em jogar na Europa, essa palavra é forte, mas é um mal para o futebol brasileiro. A gente não consegue oferecer os mesmos sonhos. Ele não vai jogar com Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo. Então é um desafio para o futebol Brasileiro – disse o dirigente, que completou citando uma problema nos clubes brasileiros.

– A gente precisa evoluir. A gente tentou algumas vezes, obviamente, renovar com o atleta, estender o contrato. Mas esse era o desejo dele (jogar na Europa). Tiveram conversas com diversos clubes, pela boa relação com o atleta e o agente dele, o pior que poderia acontecer ele sair no meio do ano, mas ficou combinado que isso não aconteceria. A gente tem a preocupação de privilegiar o lado esportivo. A gente conseguiu que ele não saísse no meio do ano, que a saída fosse só em janeiro.

O dirigente confirmou que teve um combinado entre o Flamengo e o agente do atleta para que ele não saísse no meio da temporada. "Foi um compromisso entre as partes", disse. Sobre a renovação que não deu certo, o CEO preferiu não acusar o jogador e explicou que eles não "poderiam competir com sonhos".

– Isso não é uma crítica ao jogador. Eles têm sonhos que a gente não consegue entregar. Eu não vou conseguir fazer no Brasil. Talvez, uma vez por ano, se a gente for campeão da Libertadores, e o Barcelona for campeão da Liga dos Campeões, ele joga contra o Messi. Não teve pedido, mas você sente. É o sonho do jogador. De forma geral, você vê isso. A torcida do Flamengo é a maior torcida do mundo, tem Maracanã… mas se pudesse jogar lá em uma partida na Liga dos Campeões, seria imbatível. Mas hoje, a realidade não é essa – afirmou.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/ceo-do-flamengo-revela-detalhes-da-venda-de-paqueta-ao-milan-nao-oferecemos-os-mesmos-sonhos-23161997.html

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