Ciranda de Carpegiani: técnico roda jogadores por Fla menos previsível

Na prancheta de Carpegiani, a ideia é de um Flamengo imprevisível. Por isso, o treinador promove, desde que chegou, uma espécie de ciranda. Roda jogadores nos treinos e jogos, muda posições e procura dar chance para todos para manter a movimentação em campo e fora.

O caso mais recente foi de Geuvânio. O treinador avisou ao atacante que contava com ele e pretendia lhe dar algumas chances. Depois de alguns jogos, o ponta desencantou e mostrou o melhor de seu jogo, o chute de longa distância.

A estratégia deu certo também com Jonas, que ganhou chance na ausência de Cuéllar, suspenso, e se firmou. Com Vinicius Junior não é diferente. O jovem é considerado titular mesmo que não comece todos os jogos. Com isso, Everton Ribeiro precisa se esforçar para ficar no time.

— É uma situação complicada para o Paulo. Ele que vê quem vai jogar e quem tem a ganhar é o Flamengo. Isso cria uma boa disputa entre os jogadores — disse Ribeiro.

Após acertar o esquema tático e a base do time, Carpegiani conseguiu experimentar mais atletas. E a tendência é seguir com a ideia para dar novas chances a Rômulo, Marlos Moreno, Arão e Trauco, por exemplo. Tudo para não deixar o time previsível.

Além da troca de jogadores, as mudanças de posição em campo também surtem efeito. Casos como Diego e Everton Ribeiro são exemplos. Eles foram adaptados a uma formação diferente, com mais obrigações defensivas, e corresponderam, mesmo que tardiamente.

A briga por vaga é incentivada pelo treinador, que gosta de variar o time dentro do mesmo esquema para confundir o adversário. Do já conhecido 4141, o técnico evolui para o sistema 433 quando aposta em Vinicius e Geuvânio. Sempre com a ideia de controlar o jogo vindo de trás, mas com mais chances de surpreender no ataque o seu adversário.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/flamengo/ciranda-de-carpegiani-tecnico-roda-jogadores-por-fla-menos-previsivel-22512083

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