FOTO: REPRODUÇÃO/REDE GLOBO
Fala, Nação.
Aqui é um torcedor assim como vocês, que ficou extremamente chateado com o resultado no Independência. Mas, o que eu queria mesmo, é reforçar a diferença, positiva ou não, de ter força nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol.
Para quem pôde assistir a partida entre São Paulo x Ceará, no qual foi arbitrado pelo mesmo que apitou Vitória x Flamengo, na primeira rodada do Brasileirão, viu uma diferença de tratamento descomunal. Primeiro, houve um lance duvidoso para o Ceará, que para mim foi pênalti.
Adivinha? Wagner Reway, do Mato Grosso, nada deu e, logo depois, devido a reclamação, deu amarelo para o camisa 8 do Ceará. Tudo normal, certo? Talvez. Alguns poucos minutos depois, a câmera do Premiere flagrou Diego Souza reclamando, de forma veemente, de uma falta não dada pelo Reway. Entre muitos palavrões, mandou o comandante do jogo ir pra casa do baralho e ir tomar no ‘coelhinho’, além de ter sugerido ir se fod**…
O juiz estava olhando para Diego Souza, a uns três metros do, agora, centroavante. Nada deu. Além disso, as broncas sobre os jogadores do Vozão eram sempre muito fortes, diferente das que eram feitas em cima dos atletas do tricolor paulista.
Tudo bem, vamos focar na partida que começou horas depois… O Flamengo entrou em campo decidido a levar três pontos para o Rio de Janeiro, mas não seria tão fácil. Além do América-MG ser um time organizado taticamente — o que me surpreendeu, confesso —, nós teríamos que superar os critérios curiosos do cover do Vin Diesel.
Lucas Paquetá esteve bem aquém no cotejo deste domingo, mas sofreu algumas faltas nítidas, no qual o juiz fingia que não via. No jogo, teve um lance duvidoso dentro da área que poderia ser pênalti para o Rubro-Negro… Não seria tão fácil assim, convenhamos. Mas, o que falar do lance em que Éverton Ribeiro driblou até a má vontade do juiz e rolou para Henrique Dourado, que estava com Paulão atracado em suas costas e, quando foi finalizar, o zagueiro bateu em sua perna direita e desequilibrou o nosso, não tão bom, atacante?
Para o ex-árbitro e agora comentarista da ESPN, Sálvio Spínola, foi penalidade máxima (Clique aqui para ver). Para o Jean Pierre Gonçalves Lima, do Rio Grande do Sul, nada a ser marcado.
O lance capital da peleja, na minha opinião, foi a expulsão de Gustavo Cuéllar. Justa ou injusta? Vamos dissertar brevemente sobre isso. Primeiramente, aquela jogada depende de INTERPRETAÇÃO. Em outras palavras: boa vontade do juiz.
Antes, não vamos eximir de culpa o colombiano. Ele é ágil, tem velocidade, a falta foi extremamente desnecessária e estúpida. Mesmo tendo crédito, tem que dar um puxão de orelha no nosso melhor volante.
Dito isso, a bola estava indo rumo à lateral, não estava centralizada e a jogada ainda estava na intermediaria, bem longe da área. Alguns árbitros apenas dariam amarelo, outros expulsariam. Mas, sem força política dentro da CBF, o que o Vin Diesel pós aposentadoria optou fazer? Tirou o cartão vermelho sem pestanejar. Afinal, além da interpretação, forças obscuras podem ter facilitado tal tomada de decisão.
Então, se quisermos vencer alguma competição, não se faz necessário apenas ter um time qualificado, tem que ter força política. Não basta reclamar publicamente, tem que saber adocicar o coração daqueles que comandam o nosso futebol. Bater menos, acariciar mais.
Junto a isso, queria deixar exposto a nossa falta de sorte. Em 2016, quando disputamos o título do Campeonato Brasileiro, quem presidia a Confederação Brasileira era Marco Polo Del Nero, conselheiro do Palmeiras, nosso adversário na briga pela Taça.
Em 2018 brigamos pelo título novamente, sabe contra quem? O São Paulo, time no qual o Rogério Caboclo é torcedor, além de conselheiro. Quem é Rogério Caboclo? Venceu a eleição para presidir a CBF neste ano e assume, oficialmente, a partir de 2019.
Contra tudo e contra todos? Talvez dê para ser campeão de algo. Mas a postura dos atletas rubro-negros terão que mudar completamente, porque se quiser depender de bastidor pra triunfar algum torneio, será, ao meu ver, impossível.
Saudações Rubro-Negras
Aguinaldo Junior
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