Apesar de afirmar que a administração do Flamengo está no caminho certo e destacar que no último ano houve uma redução de 21% da sua dívida, que está em R$ 460 milhões (o clube diz dever R$ 390 milhões), Rodrigo Capelo garante que o clube está longe de viver uma bonança financeira. De acordo com o colunista da “Revista Época”, o Rubro-Negro ainda não é uma instituição equacionada e precisa usar empréstimos bancários para “fazer o seu dia a dia andar”.
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Vai melhor do que estava antes. Esse é o ponto que o torcedor faz confusão. Os torcedores acham que o Flamengo está numa bonança financeira, que é um clube que está totalmente equacionado. Ainda não (…). O Flamengo teve uma redução considerável. Devia mais de R$ 500 milhões em 2015 e passou para R$ 460 milhões em 2016. A dívida do Flamengo é muito fiscal, que não foram pagas por gestões anteriores e agora foram renegociadas por meio do Profut, uma lei federal. Então a maior parte da dívida do Flamengo é fiscal e essa parte está equacionada. O que ainda preocupa o Flamengo é a questão bancária, já que ainda é um clube com muitos empréstimos bancários e precisa desses empréstimos para fazer o seu dia a dia funcionar e também tem o operacional, que são dívidas que precisam ser pagar em curto prazo. Essas são as dívidas mais perigosas do Flamengo.
Capelo destacou que o crescimento das receitas do Flamengo no último ano está relacionado a venda dos seus direitos de transmissão , já que receitas como patrocínio, sócio-torcedor e bilheteria caíram no último ano. Com as “luvas” (premiação pela renovação), o clube teve um faturamento total de R$ 510 milhões. De acordo com o “GloboEsporte.com”, 58% das receitas do clube da Gávea em 2016 vieram dos direitos de TV.
– Em 2016, o Flamengo teve um aumento considerável nas suas receitas. Você pode perceber que a televisão tem um papel muito grande, uma importância grande no faturamento do Flamengo. Isso em boa parte porque no ano passado o clube negociou os seus direitos de televisão de 2019 a 2024, recebeu luvas, que é um prêmio pela assinatura, e essas luvas fizeram o valor de televisão aumentar bastante. Nas outras fontes de receitas, que também são importantes, o Flamengo teve uma queda muito importante. Tanto no patrocínio, como na bilheteria, e no sócio-torcedor o Flamengo faturou menos do que em 2015. O que aumento e fez a diferença foi a receita da televisão.
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