A direção do Flamengo sabe que as conversas não evoluirão antes do compromisso decisivo do Grêmio. Renato não abriu negociação e nem sequer o fará até lá para manter o foco na decisão da semana. Depois do compromisso final pelo Gauchão, ele aceita ouvir o Rubro-negro – o que não garante de forma nenhuma o acerto.
Neste aspecto, os cariocas vivem um dilema. É melhor preencher logo o cargo ou esperar Renato e correr o risco de não concretizar a transferência? É o impasse que o departamento de futebol precisa solucionar.
Em sua apresentação, o diretor Carlos Noval estipulou o fim da semana como a data limite para a escolha do substituto de Paulo César Carpegiani. Só que o nome de Renato ganha cada vez mais força nos bastidores e conta com intenso lobby dos integrantes da diretoria.
Os dirigentes reconhecem que a contratação é bastante difícil. Renato foi procurado no ano passado e negou a investida rubro-negra por conta dos compromissos no Grêmio. É sabido que ele vê com bons olhos treinar o clube de maior torcida do país, mas um obstáculo é considerável para isso.
O Flamengo está em ano eleitoral e a atual gestão tem apenas mais oito meses pela frente. Por segurança, Renato gostaria de um compromisso mais longo – costuma firmar vínculos por dois anos -, algo que o Rubro-negro só terá condições de oferecer ao costurar um acordo político. Além disso, os valores são altos. O clube precisa escolher, já que o técnico do Grêmio é o único nome de consenso.
Se desistir de Renato, Cuca e Maurício Barbieri são os nomes em pauta, mas ambos enfrentam resistência na Gávea. O primeiro pela passagem absolutamente tumultuada em 2009 e os conhecidos problemas de vestiário. Já o jovem auxiliar é considerado inexperiente para assumir o comando em um momento de cobrança e no qual o elenco milionário precisa dar uma resposta.
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