Com Ribeiro contra o Emelec, Flamengo ganha em organização ofensiva

Em campo, o Flamengo tinha apenas uma dúvida para encarar o Emelec, nesta quarta-feira, no Equador. Everton Ribeiro acabou mantido por Carpegiani e Arão é opção no banco. Basicamente, a entrada do volante daria mais proteção aos zagueiros e liberdade para Diego na criaçao, além de funcionar como elemento-surpresa pelo lado direito. Com Everton Ribeiro, por outro lado, o Flamengo ganha em organização, mas perde em projeção e maior preenchimento dos espaços.

Apesar de não ter tido sequência na equipe por conta de uma lesão no começo da temporada, Arão é considerado no clube uma peça com características únicas. De passadas largas, o jogador faz ultrapassagens e tem a capacidade de quebrar linhas de defesa. Por isso, costuma apoiar o ataque. Pelo vigor físico, o jogador também faz as funções básicas de segundo volante, como flutuar de área à área. E ainda protege a defesa quando mais centralizado.

Qualquer que fosse a escolha, a comissão técnica não faria uma alteração no esquema 4141, escolhido por Carpegiani desde o início do ano. Diferentemente dos treinadores anteriores, que atuavam no 4231, Carpegiani entende que precisa dar mais liberdade aos meias, mesmo que segure mais os laterais. Com Arão, no entanto, o técnico poderia colocar Rodinei para dar mais apoio e largura ao time no campo de ataque, sem perder no aspecto defensivo.

A presença de Everton Ribeiro no jogo fora de casa parece menos recomendada. O jogador voltou a apresentar dados físicos positivos após uma primeira temporada ruim. Mesmo assim, não se destaca no ataque com Paquetá e Diego. A manutenção de sua escalação, na avaliação de Carpegiani, comporia um Flamengo agressivo mesmo fora de casa, o que é louvável e necessário.

O entendimento é que o meia tem composto bem o meio-campo, ao fechar os espaços, além atacar tanto por dentro como aberto pela direita. A dificuldade estaria exatamente na recomposição. Ribeiro, mesmo com passada curta, normalmente volta e ajuda o lateral direito. Mas não preenche tantos espaços como Arão. O que obriga Diego a recuar mais pelo meio e sobrecarrega o único volante no 4141, Jonas, que não é bom tecnicamente.

Resumidamente, o Flamengo na parte ofensiva muda pouco com uma peça ou outra, pois a organização tática e as funções dos demais jogadores podem compensar. Diego, Paquetá e Everton estariam mais livres para não deixar Dourado isolado com Arão em campo. Seria uma opção mais segura para inciar a partida contra o Emelec. Everton Ribeiro, por sua vez, é um veneno ideal para buscar a vitória após suportar a pressão dos donos da casa. E demonstra um time que quer e precisa vencer.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/flamengo/com-ribeiro-contra-emelec-flamengo-ganha-em-organizacao-ofensiva-22485455

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