Dezenove dias depois do incêndio que matou 10 jogadores da base do Flamengo, o Ninho do Urubu foi interditado pela Prefeitura do Rio nesta quarta-feira. A demora no fechamento, porém, foi questionada pelos jornalistas do Redação SporTV, que lembraram que havia um edital de interdição do CT rubro-negro desde 2017.
– Isso diz muito mais sobre os governos do que o Flamengo. A prefeitura emitiu edital em 2017. Quantos estabelecimentos estão abertos porque a prefeitura não tem capacidade de fechar? Agora, que ganhou notoriedade… Isso não exime o Flamengo. Se ele recebeu ordem em 2017, alguma providência maior deveria ser tomada, e não simplesmente manter em funcionamento – afirmou Marcelo Barreto.
Para a jornalista Renata Mendonça, o caso do Ninho do Urubu é um reflexo da sociedade brasileira.
– Essa é a chave do que acontece no Brasil. Estava lá, já tinha avaliação de que precisava interditar. Agora que acontece alguma coisa, a gente vai – completou.
Na visão de Arthur Dapieve, a ação da Prefeitura tem também um componente para cuidar da própria imagem.
– Tenta surfar nessa coisa de imagem, mostrar que está tentando tomar providência. No passado, possivelmente não tomou providência porque achou que a imagem ficaria prejudicada interditando o CT do clube mais popular da cidade.