Conmebol estuda final da Libertadores fora da América do Sul e Montevidéu já aparece como alternativa — impacto direto para o Flamengo

A possibilidade de levar a final da Libertadores para fora da América do Sul voltou a ganhar força e coloca o Flamengo no centro de um debate que pode transformar a natureza da competição. Com candidaturas em análise vindas do Catar e da Arábia Saudita, e os Estados Unidos como opção forte, a discussão preocupa a Nação e levanta dúvidas sobre logística, tradição e receita.

Por que a Conmebol avalia mudar a final de continente?

Nos bastidores, o principal argumento para a mudança é financeiro: sedes fora do continente oferecem maior capacidade de investimento e estruturas modernas que atraem patrocinadores e aumentam receitas. Além disso, a busca por estádios com infraestrutura de alto padrão e logística consolidada é vista como um diferencial para organizar uma final globalizada.

Há também o precedente de 2018, quando a decisão saiu da América do Sul em caráter extraordinário. Após um ataque ao ônibus do Boca Juniors, a final foi transferida para o Santiago Bernabéu, em Madri, mostrando que a Conmebol já adotou soluções fora do habitual quando considerou necessário. Esse episódio é frequentemente lembrado por torcedores e analistas ao ponderar sobre mudanças permanentes de sede.

Montevidéu 2026: alternativa tradicional ou passo atrás?

Enquanto a ideia de finais em terras como Catar, Arábia Saudita ou Estados Unidos circula, Montevidéu surge como cenário mais tradicional para 2026. Nos bastidores, a cidade uruguaia aparece como única interessada na etapa apontada internamente, o que a coloca como candidata natural por sua experiência em receber partidas decisivas do continente.

Para a torcida do Flamengo, no entanto, Montevidéu traz lembranças dolorosas: a cidade sediou a final de 2021, quando o Rubro-Negro foi derrotado pelo Palmeiras por 2 a 1 — partida marcada por um erro de Andreas Pereira que teve papel decisivo no resultado. Esse passado recente alimenta o debate entre manter a tradição sul-americana ou abrir mão dela em busca de novos caminhos.

Impactos práticos e simbólicos para o Flamengo e para a Nação

A eventual confirmação de finais fora da América do Sul terá impactos concretos para a Nação. Viagens mais longas, aumento de custos com passagens e hospedagem e maior complexidade logística podem reduzir a presença massiva de torcedores que costuma influenciar o ambiente dos jogos centrais.

Além do aspecto financeiro, há um componente simbólico relevante: perder o caráter sul-americano da final altera a tradição da Libertadores. Para o Flamengo, que enfrenta o Palmeiras na decisão de 2025 em Lima e tem a chance de ser o primeiro clube brasileiro tetracampeão em campo, cada final disputada no continente passa a ter peso histórico adicional.

Enquanto a Conmebol segue avaliando cenários e propostas, a Nação acompanha atenta. Independentemente do desfecho das negociações, a prioridade do Flamengo é concentrar-se na final em Lima e buscar o título que reafirme seu protagonismo na América do Sul.