A disputa com a Libra marcou a reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo na terça-feira (7) e acabou provocando um embate entre Luiz Eduardo Baptista e Rodrigo Dunshee. A controvérsia sobre o contrato de direitos de TV e a chamada Lei do Mandante dominou os debates, com reflexos diretos na estratégia do clube na Justiça.
Rodrigo Dunshee criticou o acordo firmado com a Globo e relacionou o impasse atual à Lei do Mandante, dizendo ter participado da redação do texto por ser advogado, mas admitindo não entender completamente as implicações no mercado televisivo. A fala gerou reação entre conselheiros, que apontaram contradições na atribuição de responsabilidades.
Embate entre Bap e Dunshee
O clima esquentou quando conselheiros presentes perceberam que Dunshee, ao criticar a gestão anterior, também assumiu participação na formulação da norma que hoje é alvo de controvérsia. O episódio foi considerado por alguns participantes como desconfortável para o ambiente do Conselho.
“uma das coisas mais constrangedoras”
Luiz Eduardo Baptista rebateu destacando que a Lei do Mandante não altera o cálculo de audiência em disputa com a Libra e afirmou não ter sido consultado nas negociações com a Globo ou nas tratativas iniciais envolvendo a Libra e a Liga Forte, sinalizando que o impasse decorre de decisões da administração anterior.
O que está em jogo
Além do atrito interno, o tema central foi a apresentação sobre a disputa judicial com a Libra, que já rendeu uma liminar suspendendo R$ 77 milhões dos direitos de TV. O Flamengo sustenta que o modelo de rateio da associação é irregular — cita exigência de unanimidade no estatuto — e aponta supostas falhas como falta de atas e adulteração de documentos.
O encontro consolidou os argumentos rubro-negros e deixou claro que a briga na esfera jurídica continuará.
Atualizado em 08/10/2025 às 18:03.