Controle de carga dá resultado: como o Flamengo esvaziou o DM após 120 mil km de viagens em 2025

O controle de carga foi a ferramenta central do Flamengo para reduzir a pressão sobre o departamento médico e preservar o elenco ao longo de 2025. Com planejamento de treinos, monitoramento individual e ajustes clínicos, o clube conseguiu minimizar desgastes mesmo em uma temporada em que percorreu cerca de 120 mil quilômetros — o equivalente a três voltas na Terra.

Como o controle de carga ajudou a esvaziar o DM

A comissão técnica liderada por Filipe Luís alinhou-se ao departamento médico e à diretoria para ajustar intensidade e volume de treinamento conforme a condição de cada jogador. Em vez de aplicar sessões padronizadas, o clube adotou protocolos que permitiram reduzir cargas de atletas com sinais de acúmulo de fadiga e priorizar trabalho regenerativo quando necessário.

O resultado prático foi a diminuição de afastamentos prolongados e intervenções mais rápidas do DM. A combinação entre avaliação física contínua, uso de métricas de desempenho e comunicação entre fisiologistas, preparadores e médicos transformou a gestão de lesões em um processo mais preventivo do que reativo.

Viagens: três voltas na Terra e os efeitos no rendimento

Percorrer cerca de 120 mil km em uma temporada elevou os desafios logísticos e fisiológicos. Longos deslocamentos, voos frequentes e mudanças de fuso exigiram protocolos específicos de sono, alimentação e recuperação para mitigar os efeitos da viagem sobre recuperação e desempenho.

Para enfrentar esse cenário, o Flamengo ajustou rotinas pós-voo com ênfase em fisioterapia, hidratação e sessões leves de regeneração. A equipe de logística trabalhou em conjunto com a preparação física para reduzir tempos improdutivos e reorganizar janelas de descanso, mantendo a eficácia do controle de carga mesmo em meio a uma agenda internacional carregada.

Impacto no elenco e planejamento para 2026

A gestão de carga influenciou decisões de rodagem do elenco e escalações: jogadores-chave foram preservados em partidas de menor risco enquanto o clube priorizou confrontos decisivos. Essas escolhas ajudaram a manter o rendimento da equipe sem sobrecarregar profissionais essenciais à temporada.

Luiz Eduardo Baptista (BAP) e José Boto acompanharam de perto os resultados das medidas e consideram os aprendizados de 2025 na montagem do planejamento para 2026. A avaliação interna aponta que reduzir o tempo total de deslocamentos, aliada ao aprimoramento das ferramentas de monitoramento, será peça-chave para manter o Flamengo competitivo e com um departamento médico menos sobrecarregado.

Com a temporada encerrada, o balanço é positivo: o controle de carga provou ser instrumento estratégico para conciliar alto rendimento e preservação física. O desafio para 2026 será aprimorar essas práticas e integrá-las ainda mais às decisões de elenco, pré-temporada e logística.