Os Estaduais, que começam neste fim de semana, nunca foram unanimidade. Com constante perda de público, tanto nos estádios quanto na audiência das transmissões, há muito se fala em rever o modelo de disputa. Alguns defendem a volta dos torneios regionais, como o antigo Rio-SP, enquanto outros acham que o tempo de pré-temporada e descanso deveria ser maior.
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Segundo oUOL, a TV Globo entrou no debate e tem intenção derever o calendário do futebol brasileiro no futuro. Os campeonatos atuais perderam boa parte do seu significado esportivo e, por consequência, o econômico.
Pode-se argumentar de que as finais sempre têm estádios lotados. Mas isso se deve mais à rivalidade entre os times brasileiros do que ao formato da competição. Inclusive, vale reparar quantos jogos de casa cheia temos em três meses de estaduais.Não é à toa que o público abandona o pay-per-view durante o período.
Ao contrário de competições comoBrasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. Haverá um ou outro jogo morto ali, mas, na maioria deles, há bastante coisa em disputa.
Qual o sentido de colocar o Palmeiras com seus R$ 600 milhões de receita para enfrentar equipes pequenos? Qual é a evolução técnica que isso proporciona para o time de Felipão? Qual é a vantagem econômica visto que tira datas de campeonatos que só crescem em valor como Brasileiro e Libertadores?
Começam hoje os estaduais, aquele campeonato que todo mundo fala mal mas se ganhar comemora. #Estaduais2019 pic.twitter.com/JZzFAiNdB6
— Dibre Doido (@DibreDoido) 19 de janeiro de 2019
É preciso entender que os Estaduais gastam tempo (datas) e dinheiro dos clubes grandes.Enquanto nossos melhores jogadores enfrentam adversários muito inferiores em campos esburacados com apenas 20 dias de pré-temporada, Messi desfila na Liga dos Campeões e no Espanhol na TV.
Não são os estaduais que vão salvar os clubes pequenos.Eram 700 e tantos no Brasil, já caíram para 600. Outros devem sumir.
O ideal é criar outra estrutura para os clubes menores, comocampeonatos regionais semi-amadores na maior parte do ano com direito a classificar a fases reduzidas finais de Estaduais. Eles não precisam acabar, podem apenas ser mais curtos.A própria CBF poderia investir mais.Mesmo o Brasileiro, transformado em liga, poderia gerar dinheiro para bancar campeonatos amadores pelo país.
Soluções existem, o que não podemos mais é ter estaduais comprometendo o rendimento e a qualidade técnica dos nossos clubes.
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