O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello será julgado, na próxima segunda (20), pelo Conselho de Administração (COAF) do clube, sob acusações de ter interferido no processo eleitoral – influenciando na cor da chapa que disputava o pleito. O ex-mandatário pode ser suspenso da vida política do Flamengo por um período de 180 dias e ser até mesmo expulso.
Sócios do clube receberam hoje um e-mail anônimo – que teria sido disparado de um servidor criptografado – explicando os motivos pelos quais o ex-dirigente será julgado no dia 20. O referido e-mail fala da interferência de Bandeira de Mello na eleição do clube, tendo inclusive passado por cima do presidente do Conselho de Administração, Bernardo Amaral, responsável pelo processo eleitoral.
O ex-presidente, que esteve a frente do clube em dois triênios, entre 2013 e 2018, criticou o processo e o julgamento pelo qual deverá se submeter na segunda-feira, ao conceder entrevista para o globoesporte.com.
–De fato, se eu for suspenso eu não posso participar da vida política. E isso abre caminho para a minha expulsão, consequentemente, não poderia participar das eleições. É um caminho para que isso ocorra, de fato. O que tudo indica é que querem me expulsar da vida política do clube. Não sinto mágoa, mas é um processo injusto e descabido. Um processo equivocado. Inicialmente eu não iria me manifestar, não iria me defender, por entender que o processo era descabido, mas recebi muitas manifestações de apoio. Não só de amigos, mas de pessoas que eram contra a gestão, eram oposição, conselheiros, pessoas de dentro do clube, torcedores que me ligaram para dizer que não concordavam com este processo –, afirmou.
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