O processo de reestruturação e crescimento financeiro que acontece no Flamengo desde 2013 deu passo importante neste ano. O Rubro-Negro assumiu em abril, ao lado do Fluminense, a gestão e operação do Maracanã. A expectativa, na época, era de diminuição de despesas e crescimento da renda por jogo. Três meses depois, é possível cravar que o plano já mostra sucesso.
Em análise em seu blog no UOL Esporte, o jornalista Rodrigo Mattos analisou os borderôs dos primeiros cinco jogos nacionais do Mais Querido no Maraca após assumir a gestão – quatro pelo Brasileirão, um pela Copa do Brasil. Especialista em gestão e finanças esportivas, Mattos aponta que o Flamengo praticamente triplicou sua fatia das receitas com jogos: em 2018, quando a gestão do estádio era da Odebrecht, o clube ficava com 13% da renda;enquanto nos primeiros jogos como gestor o Rubro-Negro ficou com 41%.
O jornalista aponta as razões para este crescimento. De acordo com o texto, o clube diminuiu despesas com aluguel (caiu de R$ 150 mil, além de extras que variam de acordo com o público, para R$ 90 mil por jogo) e renegociou contratos com fornecedores (empresas terceirizadas de segurança, grades, alimentação, etc).
Se antes de assumir a gestão o Flamengo chegou a lucrar menos de R$ 0,50 por torcedor presente no estádio (Flamengo x Bangu, primeiro jogo da temporada, teve média de R$ 0,29 de lucro por rubro-negro presente), agora esta marca chega a R$ 15 por pessoa. Isto acontece mesmo sem um aumento exagerado no preço dos ingressos.
Assim, o Flamengo teve R$ 10,4 milhões de renda nas cinco partidas – uma média de R$ 860 mil por jogo. Rodrigo Mattos encerra sua análise fazendo uma comparação: se o Flamengo já triplicou sua fatia da renda e chegou aos 41%, ainda há espaço para melhorar. Estádios mais eficientes – o jornalista cita os casos de Corinthians e Palmeiras -, esta porcentagem chega a 66%.
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