Essa vai para aqueles torcedores do Flamengo que são supersticiosos. Dos três títulos da Copa do Brasil conquistados pelo clube (1990, 2006 e 2013), somente em uma das campanhas o técnico não foi trocado (1990). Em 2006, o time estreou com Valdir Espinosa, passou pelas mãos de Waldemar Lemos e disputou a final contra o Vasco com Ney Franco. Em 2013, Mano Menezes, hoje no Cruzeiro, iniciou a campanha, mas na reta final pediu o boné e deu lugar ao prata da casa Jayme de Almeida. Agora, em 2017, essa história pode se repetir. O Rubro-negro iniciou a campanha com Zé Ricardo e desde a semifinal, contra o Botafogo, tem o colombiano Reinaldo Rueda no comando.
Valdir Espinosa, que por pouco não iniciou a campanha vitoriosa de 1990 (ele deu lugar a Jair Pereira a poucas semanas da competição) e começou com o time a campanha em 2006, diz que as demissões fazem parte do futebol.
— Em um trabalho, às vezes você não consegue atingir o objetivo desejado e ser demitido faz parte. Não guardo mágoa. Guardo com carinho aquele time de 1990. A qualidade individual do time era impressionante. Júnior, Leonardo, Zinho… Foram vários craques que tive o prazer de trabalhar — afirmou Espinosa, que vê atualmente uma cobrança maior sobre os treinadores que trabalham no futebol brasileiro.
— Antes você tinha mais tempo para trabalhar. Hoje, a cobrança é maior. Mas também se você consegue duas grandes vitórias, você vai no céu, é idolatrado. Eu fui campeão da Libertadores e do Mundial com o Grêmio em 1983 com 35 anos. Na época era normal. Imagine se fosse hoje em dia. Então não tem essa de reclamar — analisou.
De olho na final de amanhã, no Mineirão, Espinosa, por fim, preferiu não arriscar um palpite.
— São duas equipes que se equivalem. De um lado o Mano, do outro o Rueda, dois bons treinadores. É difícil falar algo. É um confronto equilibradíssimo de duas grandes equipes, elencos excelentes. Quem levar o título, o troféu estará bem entregue – finalizou Espinosa.
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