Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. A escalação que entrou para a História do Flamengo agora não acontecerá mais. O zagueiro Pablo Marí foi para o Arsenal, Rafinha está defendendo o Olympiacos e Jorge Jesus no Benfica. E embora vá para sempre ser marcante no coração do torcedor rubro-negro, a escalação histórica foi pouco vista em campo: em apenas oito oportunidades o técnico Jorge Jesus escalou esses 11 jogadores de saída.
Nesses oito jogos – três pelo Brasileiro, três pela Libertadores, dois pelo Mundial -, o Flamengo venceu seis, empatou um e perdeu apenas a final do Mundial, na prorrogação, para o Liverpool. Marcou 18 gols e sofreu apenas 5.
A escalação histórica pôde ser vista quatro vezes pelos torcedores no Maracanã. Foi usada uma vez em Porto Alegre e outra na inesquecível final de Lima. As duas últimas foram no Mundial, em Doha.
A primeira vez que o 11 histórico entrou junto em campo foi no dia 1º de setembro, no jogo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, após a venda do colombiano Cuéllar, que tinha sido titular na partida anterior contra o Internacional, pela Libertadores. Dali até o fim da histórica temporada, o Flamengo fez mais 25 jogos e só usou o time considerado ideal em outros 7, pouco mais de 30% das vezes.
Mas foram poucas e boas vezes: os jogos que fizeram o Flamengo se consolidar como líder do Brasileiro na virada do primeiro para o segundo turno, as semifinais e final da Libertadores e as duas partidas do Mundial.
Ainda assim, este time teve o dobro de escalações do histórico onze campeão mundial pelo Flamengo em 1981. Raul, Leandro, Mozer, Marinho, Júnior, Andrade, Adílio, Zico, Tita, Nunes e Lico só jogaram juntos em quatro oportunidades. Mas estiveram em campo na estreia da temporada de 82 — aliás, nenhum jogador titular do time campeão da Libertadores foi negociado naquele ano.