Fabio Monken: “Priorizar ou não… eis a questão”

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Hoje abordaremos um tema muito controverso, polêmico e fundamental no tocante ao futebol praticado atualmente, mundialmente falando: a preservação de atletas e consequente priorização de competições.

É fato inconteste de que o ser humano não é máquina, embora muito torcedor pense que os jogadores de futebol são robôs. Dito isso, há questões muito específicas para analisarmos o planejamento em termos fisiológicos. Há ou não prejuízo esportivo ao pouparmos atletas nas competições?

No meu entender, existe um prejuízo grandioso quando poupamos atletas em qualquer que seja a competição. Não existe uma fórmula mágica, mas deveríamos tentar priorizar alguma competição, em detrimento a outras, para que nossos atletas, considerados titulares, estejam em condições ideais para desempenharem o seu melhor futebol.

Agindo assim estaríamos (no meu ponto de vista) fazendo a coisa certa em relação a essa, digamos, “poupança fisiológica” de todos os nossos jogadores.

Outra coisa que prejudica demais a parte física do elenco é nosso super-ultra-mega-blaster inchado calendário nacional mas, quanto a isso, sabemos que não mudará tão cedo, pelo menos não enquanto essa corja estiver no comando da CBF.

O problema dos caras é faturar, sempre! Além disso tem o lado político, que não dá espaço para maiores folgas ou melhor adequação em relação a datas. A banda podre do futebol nacional tem que agradar todas as federações regionais para continuar amealhando votos (de cabresto) e continuar no poder do futebol brasileiro.

Vejam o absurdo: o Cariocão tem 18 datas. Isso mesmo, dura quase o mesmo que um turno inteiro do Brasileirão! Isso se dá por força de contrato e por pura e simples vontade da federação, pois a emissora reduziria consideravelmente o valor pago à FERJ caso houvesse redução do número de datas para jogos.

Não vou entrar nessa seara, pois só geraria frustração e angústia. O tema a ser abordado é a fisiologia. Considerada cada vez mais fundamental no futebol jogado atualmente, esse departamento tem se mostrado preponderante no departamento de futebol de todas as equipes, nacionais ou estrangeiras.

A capacidade física de cada atleta é única e apenas com dados científicos coletados de maneira diversificadíssima as equipes são capazes de realizar, mesmo que ainda de forma aproximada, o mapeamento das condições físicas de cada jogador e sua eventual escalação ou não nos jogos e serem disputados.

O certo é que não há fórmula a seguir. Tudo passa pela experimentação e pelo feeling de cada departamento de futebol. Há os que priorizam competições, e acredito serem estes os mais conservadores, pois praticamente abdicam de outros torneios tentando serem mais fortes em outras.

Existem também aqueles que não realizam essa priorização e, na minha opinião, são os que mais sofrem. Essas equipes ainda necessitam de um elenco encorpado e qualificado para que esse rodízio seja feito com o equilíbrio necessário para que os resultados almejados sejam alcançados.

Especificamente no caso do Flamengo, eu considero loucura total tentar irmos além nos três campeonatos que disputamos. A exigência física é tremenda e nosso elenco, na minha opinião, é bastante carente em muitas posições. Podemos citar que faltam atletas mais qualificados na zaga e, fundamentalmente, nas laterais.

Não vou me alongar quanto à qualidade dos jogadores das posições carentes, isso é para argumentarmos em outra coluna, mas devo ressaltar que faltam peças de reposição à altura quando um dos titulares fica impedido de atuar, por qualquer motivo que seja.

Dito isso, o que fazer? Poupar ou tentar ganhar tudo? A resposta é muito óbvia quando a arguição é para o torcedor rubro-negro, mas devo dizer aqui que se eu fosse o responsável pelas decisões do futebol do clube, colocaria todas as minhas fichas no Campeonato Brasileiro.

Analisando nosso elenco vejo que essa é a decisão mais óbvia pois depende de um time confiável, e hoje o temos. No tocante aos mata-matas, o time, mesmo sendo mais forte do que o adversário, pode ser eliminado se estiver numa noite infeliz. Isso não ocorre numa competição de tiro longo, onde há várias possibilidades de recuperação. Simples assim.

Outro fator que ratifica minha escolha é a disparidade e heterogeneidade técnica do nosso plantel. Se possuíssemos jogadores mais qualificados em todas as posições, com excelentes níveis técnicos bastantes semelhantes, aí sim eu tentaria ganhar tudo.

Mas essa ainda não é a hora. Acredito piamente que essa hora chegará num futuro muitíssimo breve. Devemos saber esperar para darmos o bote certeiro. Nossas contratações estão cada vez mais qualificadas, acertadas, e boto fé que dentro de dois ou três anos nosso elenco estará em um nível jamais visto no futebol nacional.

O planejamento corre a contento e toda nossa austeridade financeira, pregressa e atual, vem pavimentando um caminho sólido para nosso protagonismo esportivo que iniciar-se-á em breve e perdurará enquanto os outros clubes continuarem perdulários e pródigos, administrativamente falando.

O futuro é lindo, maravilhoso. A Nação pode bater no peito e bradar aos quatro cantos seu grito inflamado, incitando nossos guerreiros a deixarem tudo dentro de campo. O horizonte desponta belo, com céu de brigadeiro para planarmos em busca da hegemonia nacional. Acredito muito nisso tudo, e os outros? Que se lixem e continuem morrendo de inveja!. A hora é agora! Vai pra cima deles Mengo!

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!
Fabio Monken
Twitter: @fabio_monken

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/08/fabio-monken-priorizar-ou-nao-eis-a-questao/

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