Flamengo x Pyramids: Filipe Luís destacou a organização defensiva do rival e apontou os caminhos que o Flamengo precisa seguir para superar a defesa egípcia na semifinal da Copa Intercontinental em Doha.
O que Filipe Luís avaliou sobre o Pyramids
O técnico do Flamengo foi direto ao analisar o adversário que o rubro-negro enfrenta neste sábado (13). Filipe Luís ressaltou a compactação e a clareza de funções no time do Pyramids, chamando a atenção para a eficácia coletiva mais do que para nomes individuais.
— É difícil prever onde brigariam, porque todos diriam, e eu, que o Mirassol brigaria pelo rebaixamento. Mas foi um dos melhores times. A fase defensiva dessa equipe estaria entre as melhores do Campeonato Brasileiro.
Ao comparar a solidez defensiva do Pyramids com referências do futebol brasileiro, o treinador quis mostrar que equipes com estrutura e ideias bem definidas podem surpreender em qualquer cenário. A análise reforça a noção de que, para furar a retranca adversária, será preciso paciência e criatividade coletiva.
— Faz com que seja muito difícil furar esse bloco, que é muito organizado e tem ideias muito claras de quem tem que fazer qual cobertura. Só as melhores equipes podem fazer gol.
Filipe Luís ainda lembrou que o Pyramids ocupa posição de destaque no campeonato egípcio, o que ajuda a explicar o nível de organização apresentado em Doha. Para o Flamengo, entender esse tipo de estrutura é crucial na preparação tática para a partida.
Como o Flamengo pode competir com um clube europeu
Além da avaliação tática, o treinador trouxe uma leitura mais ampla sobre a dificuldade de disputar a Copa Intercontinental e ressaltou exemplos recentes de confrontos equilibrados entre sul-americanos e europeus. A mensagem foi clara: o caminho passa por controle emocional, execução tática e intensidade coletiva.
“Primeiro, é difícil disputar esse torneio, mas o mais difícil é chegar aqui, porque você precisa passar por muitos desafios e ganhar a Copa Libertadores”
Filipe Luís também citou a diferença estrutural e financeira entre clubes europeus e sul-americanos, mas enfatizou que partidas únicas podem nivelar as diferenças quando o time se organiza bem e explora oportunidades.
— E a distância entre os clubes europeus e os outros da elite é maior, mas em um jogo tudo pode acontecer. Chegamos à prorrogação contra o Liverpool (ING), e o Palmeiras também foi à prorrogação contra o Chelsea (ING). O favoritismo sempre será dos times europeus pelo poder financeiro gigante —
Com a semifinal marcada para o Estádio Ahmed bin Ali, o Flamengo entra em campo com a responsabilidade de aplicar a leitura tática de Filipe Luís: neutralizar a solidez defensiva do Pyramids, criar superioridades no meio e aproveitar transições rápidas. Em caso de classificação, o rubro-negro terá pela frente o PSG na decisão, na próxima quarta-feira (17), e a preparação para esse cenário já faz parte do planejamento do treinador e da comissão técnica.