O Flamengo intensifica o trabalho para definir o futuro dos emprestados do Flamengo enquanto já desenha prioridades do elenco para 2026. A diretoria analisa retornos, formaliza rescisões quando necessário e traça uma estratégia que inclui vendas, empréstimos e contratações nacionais para ajustar a folha e as vagas no plantel.
Situação dos emprestados
Dois nomes têm destinos praticamente fechados: Petterson e Carlinhos não devem retornar ao clube. Petterson, com passagens por Athletico-PR, Estrela Amadora, Juventude e Paysandu, teve o vínculo encerrado por rescisão após dez partidas e um gol na última temporada da Série B. A saída já foi formalizada.
Carlinhos, que atuou pelo Vitória e disputou 23 jogos com quatro gols, segue com contrato até dezembro de 2026, mas a diretoria busca um acordo para encerrar o vínculo sem impacto financeiro ao Flamengo, entendendo que o atleta não será aproveitado pela comissão técnica.
Casos com cláusulas especiais e avaliações técnicas
Lorran e Victor Hugo têm situações diferentes. Lorran está emprestado ao Pisa, da Itália, até junho de 2026, com cláusula de compra obrigatória condicionada à participação em metade dos jogos e à manutenção do clube na Série B — metas hoje distantes, já que o jogador disputou apenas cinco partidas e o Pisa está em situação delicada na tabela.
Victor Hugo segue no Santos até julho de 2026. Não há opção de compra automática no contrato, mas o Peixe tem prioridade caso o Flamengo decida vender o meia. O jogador atuou em nove partidas pelo clube paulista e ainda pode voltar a ser avaliado para compor opções do meio-campo, dependendo do planejamento final do clube.
Quem pode sair e o impacto financeiro
A lista de saídas pode crescer em 2026. A diretoria elenca atletas que não serão aproveitados para reduzir salários e abrir espaço para reforços que entrem com maior imediatismo. Entre os nomes monitorados para negociação estão Matías Viña, Allan e Michael, além de jovens oriundos da base sem perspectiva de uso no time principal.
O objetivo é combinar vendas e empréstimos para equilibrar a folha. O limite de estrangeiros no Campeonato Brasileiro também pesa nas decisões: com a cota já preenchida em 2025, o clube prioriza contratações nacionais caso a CBF mantenha ou aperte esse regulamento.
José Boto, renovações e foco em reforços brasileiros
José Boto, diretor de futebol, reafirmou a intenção de permanecer e trabalhar no projeto do clube. A oficialização de um novo contrato deve ocorrer após a final do Mundial de Clubes, quando o dirigente pretende concluir detalhes administrativos das renovações.
— Eu sempre trabalhei na Europa, é normal que os europeus me conheçam. Depois de um ano de sucesso, é normal que isso possa existir (sondagens de outros clubes). Agora, isso não quer dizer que eu não vá renovar com o Flamengo —, disse José Boto, nesta segunda-feira (15), no Catar.
— Está tudo encaminhado para acontecer. Só não fizemos ainda porque estamos no Catar e só recebi há dois dias o novo contrato. Pelo que li inicialmente, está tudo certo. O acordo foi uma coisa simples. Vamos seguir em frente —, acrescentou o dirigente, em entrevista ao comunicador Guilherme ‘FlaZoeiro’.
Boto reforçou que a prioridade será buscar reforços brasileiros, citando nomes monitorados como o zagueiro Vitão e o goleiro Gabriel Brazão, com valores aproximados mencionados nos contatos de mercado. A estratégia do Flamengo é fechar rapidamente as definições para começar 2026 com clareza sobre recursos, vagas e o perfil dos reforços.