O ex-presidente do Flamengo, Kleber Leite, escapou de ser alvo de uma ação do clube para reaver o prejuízo de um acordo feito no caso "Consórcio Plaza", no qual a diretoria se comprometeu a pagar mais de R$ 60 milhões há um ano. Na votação em sessão no Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira, na Gávea, os conselheiros decidiram não entrar com processo contra o cartola levando em conta pareceres da diretoria e de uma comissão jurídica, que indicaram risco de mais perda financeira. Ficou definido que Kleber Leite tem um mês para reaver o valor do acordo ou responderá a inquérito no Conselho de Administração do Flamengo, em que pode ser suspenso por até um ano ou expulso do quadro de sócios do clube. Durante sua defesa, Kleber, que há dois anos também foi investigado pela Polícia Federal em casos de corrupção da Fifa, se mostrou nervoso.Caso o ex-presidente recorra da punição disciplinar, o tema poderia voltar ao Conselho Deliberativo e para a própria Justiça. Kleber Leite se defendeu na sessão e teve apoio de vários ex-presidentes e de membros da atual gestão, a grande maioria contrária à ação, inclusive o atual vice-jurídico, Flavio Willeman. Uma das vozes a favor do processo foi do desembargador Siro Darlan: "A gente não pode passar a mão na cabeça de quem passa a mão no Flamengo’, disse, alegando que o dano ao clube não prescreveu pois o acordo foi feito ano passado, apesar do imbróglio vir de 1995. Kleber Leite é considerado um dos apoiadores da chapa azul, que elegeu o presidente Eduardo Bandeira de Mello em 2013. Desde então, tem sido a favor das diretrizes da atual gestão, e participado da indicação de quadros para a diretoria amadora. Entre os nomes estão de Plinio Serpa Pinto, atual vice-presidente do Gabinete da Presidência, além da boa relacão com o ex-vice de futebol Flavio Godinho.
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