Ver este Flamengo jogar é como acompanhar alguém sempre faminto. Há desejo por vitórias, por gols e por títulos. Uma equipe insaciável até somar novas taças à sua galeria. Foi assim neste domingo, no Mané Garrincha, onde o Athletico foi a vítima da vez. A vitória do rubro-negro carioca por 3 a 0 rendeu o título inédito da Supercopa do Brasil e R$ 5 milhões em premiação aos cofres da Gávea.

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Novidade no calendário, a Supercopa uniu os vencedores do Brasileirão e Copa do Brasil do ano anterior. Mas o desnível atual entre Flamengo e Athletico trouxe um roteiro previsível ao jogo. O lado carioca manteve a base campeã nacional — e da Libertadores —, enquanto o paranaense perdeu cinco peças fundamentais e o técnico Tiago Nunes. Fez diferença.

Nem mesmo o forte calor das 11h atrapalhou o dominante Flamengo, que encaminhou o título ainda no primeiro tempo liderado pelos seus artilheiros. Primeiro, coube a Bruno Henrique aproveitar a falta de velocidade da defesa do Athletico e desviar o cruzamento de cabeça para abrir o placar.

Minutos depois, Gabigol aproveitou a bobeira de Márcio Azevedo, que recuou fraco a bola para o goleiro Santos, para completar às redes. Juntos, eles somam sete gols em quatro jogos em 2020.

Arrascaeta marcou o terceiro da vitória que rendeu o primeiro título de 2020 Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Os gols sofridos cedo claramente desestabilizaram o Athletico. Mesmo com intensidade mais baixa, o rubro-negro carioca soube controlar o jogo e ampliou o marcador com Arrascaeta, que aproveitou a bola que sobrou da defesa para completar.

O único susto sofrido foi quando Rony acertou o travessão de Diego Alves. Muito pouco, mas que ilustra bem o domínio do Flamengo na partida. Aos gritos de “é campeão”, taça na mão e foco na próxima final: nesta quarta, tem Recopa Sul-Americana.