Flamengo na final da Libertadores 2025: emoção, polêmica e a preparação rumo a Lima

O Flamengo na final da Libertadores voltou a provocar orgulho na Nação após o empate por 0 a 0 com o Racing, em Avellaneda, que confirmou a vaga rubro‑negra graças ao triunfo por 1 a 0 no Maracanã. A classificação representa mais um passo do time de Filipe Luís rumo ao sonho do tetra continental e abre uma semana de celebração, cobranças e planejamento para a decisão marcada para 29 de novembro, em Lima.

Como o Flamengo carimbou a vaga

O duelo em El Cilindro foi de controle e tensão. O Racing tentou superioridade com a força de sua torcida, mas o Flamengo mostrou compactação, disciplina tática e foco para administrar o placar agregado.

Filipe Luís escalou uma equipe equilibrada entre contenção e saída de bola, privilegiando a organização defensiva sem abrir mão de transições rápidas quando a oportunidade apareceu. O 0 a 0 final foi suficiente para confirmar a ida ao jogo decisivo da Libertadores.

A vaga soma mais uma página à história continental do clube: esta será a quinta presença do Flamengo em finais da competição e reacende o anseio da torcida por um título que colocaria o clube em destaque ainda maior na América.

O lance que dominou a noite: expulsão de Gonzalo Plata

O segundo tempo teve um momento que mudou o tom da partida: a expulsão direta de Gonzalo Plata. A jogada gerou intensa discussão entre torcedores e especialistas, e a repercussão cresceu com a divulgação do áudio do VAR pela Conmebol.

Com um atleta a menos em campo, o Racing perdeu parte da agressividade ofensiva e o Flamengo conseguiu se reorganizar. A expulsão foi ponto central das análises pós-jogo, tanto sobre a interpretação do árbitro quanto sobre o uso do VAR em decisões de alto impacto continental.

Emoção na diretoria: a reação de Luiz Eduardo Baptista

Ao fim da partida, as imagens dentro da delegação rubro‑negra mostraram emoção e alívio. Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, foi um dos protagonistas desse momento e não conteve as lágrimas ao celebrar a classificação para a final.

“Nunca é fácil, não é simples, nem é rápido. Eu estou muito orgulhoso, feliz como torcedor, de estar podendo junto com 45 milhões passar por esse momento especial. Que sejamos o primeiro tetra da Libertadores do Brasil. Quem puder ir, eu convido, vão à Lima, um lugar maravilhoso, que nós demos sorte, estamos juntos”

A fala de Bap reforçou a dimensão simbólica da conquista para a gestão e para a torcida. Trata‑se da primeira final de Libertadores sob sua presidência e pode consolidar um ano vitorioso, caso o clube conquiste o título em novembro.

Além da emoção institucional, a presença da diretoria em campo e a repercussão da comemoração mostraram que o clube já projeta a logística e a mobilização da Nação para a decisão em solo peruano.

Reações do elenco e a publicação de Pedro

Os jogadores também se manifestaram após o apito final. Pedro publicou nas redes sociais na manhã desta quinta‑feira, 30 de outubro de 2025, celebrando a classificação e dividindo a alegria com a torcida, em mais um gesto de união do grupo.

A campanha coletiva foi destacada por atletas e comissão técnica: houve reconhecimento pela solidez defensiva, pela entrega nos momentos decisivos e pela capacidade de sofrer dentro de campo quando necessário — características que sustentaram a vaga na final.

Confusão nos arredores do El Cilindro e provocações nas redes

Fora de campo, a noite foi marcada por cenas de tensão. Vídeos que circularam nas redes sociais registraram confrontos entre torcedores do Flamengo e do Racing nos arredores do estádio em Avellaneda, com empurra‑empurra e tumulto que repercutiram imediatamente.

Paralelamente, a classificação estimulou a Nação rubro‑negra a provocar rivais locais nas redes: posts e vídeos direcionados a Vasco, Botafogo e Fluminense ganharam força nas timelines, em tom de comemoração e alfinetada típica das fases decisivas.

Apesar da festa, a diretoria e a comissão técnica sabem que a responsabilidade aumenta. Garantir segurança e evitar novos episódios de violência será prioridade nas próximas etapas, especialmente com o deslocamento da torcida para Lima sendo um ponto sensível.

Números do Flamengo em mata‑mata: visitante indesejável

Os dados da temporada mostram por que o Flamengo chega com moral à final. Em jogos eliminatórios fora de casa, o time entrou em campo sete vezes: foram cinco vitórias, uma derrota e um empate, com sete gols marcados e apenas dois sofridos.

Esse retrospecto inclui cinco partidas sem sofrer gols e um aproveitamento próximo de 76% nas partidas eliminatórias fora do Rio — números que ajudam a explicar a consistência do time em momentos de pressão.

A única derrota em mata‑mata na temporada foi diante do Estudiantes, ainda assim sem impedir a boa sequência do Rubro‑Negro em fases decisivas. A única eliminação do clube no ano veio na Copa do Brasil, competição em que o Flamengo abriu mão de prioridades em determinado momento.

Calendário até a final: desafios de Filipe Luís e do elenco

Agora, a equipe de Filipe Luís terá de balancear a preparação para a final da Libertadores com compromissos pelo Campeonato Brasileiro. Já no sábado, 1º de novembro, o Flamengo volta ao Maracanã para enfrentar o Sport pelo Brasileirão — partida importante na reta final da competição nacional.

Além da agenda esportiva, a logística até Lima exige atenção: a viagem, a adaptação em solo peruano, a montagem de cronograma de treinos e a gestão de desgaste físico são fatores determinantes para que o elenco chegue em condições ideais ao dia 29 de novembro.

O adversário só será conhecido após a definição entre Palmeiras e LDU, e a comissão técnica trabalha para ter opções táticas que possam ser ajustadas conforme o estilo do rival. Conciliar foco na liga e no torneio continental será tarefa-chave para manter o equilíbrio do elenco.

O que a vaga representa para o projeto do clube e para a torcida

A classificação fortalece o projeto ambicioso do Flamengo: a busca por títulos expressivos, a consolidação de um ciclo vencedor e a afirmação da gestão frente às expectativas de 45 milhões de torcedores.

Para a Nação, a final significa mobilização e esperança. A possibilidade de conquistar o tetra da Libertadores virou mote e combustível para uma torcida que já se organiza para apoiar o time em Lima — com ações de recepção e viagens previstas por torcidas organizadas e caravanas.

À comissão técnica resta agora traduzir essa energia em planejamento técnico, proteção física do elenco e estratégia de jogo que permitam ao Flamengo não só chegar à final, mas disputar o título com todas as condições possíveis para vencer.

Nos próximos dias a cobertura vai acompanhar a recuperação dos atletas, a definição dos profissionais que viajarão para o Peru e as primeiras medidas do clube para estruturar a logística e o apoio da torcida na capital peruana.

Enquanto isso, a Nação celebra, provoca rivais e começa a sonhar alto: o Flamengo na final da Libertadores reacende esperanças e define um novo capítulo da temporada 2025 que pode, enfim, coroar um projeto ambicioso com a taça continental.