Flamengo na final da Libertadores: a delegação rubro‑negra desembarcou em Lima na madrugada de quinta‑feira (27) e já vive um clima que mistura festa, foco e expectativa pela decisão contra o Palmeiras no sábado (29). A chegada trouxe momentos de conexão entre elenco e torcida, declarações de apoio de personalidades e também um alerta sobre segurança em coberturas jornalísticas.
Milhares de torcedores da Nação se concentraram em Miraflores desde o pouso do avião até a chegada ao hotel, mantendo a tradição do AeroFla e empurrando o elenco rumo ao jogo mais importante da temporada. A recepção foi calorosa e reforçou a confiança do grupo no ambiente exterior à rotina de trabalho.
Dentro desse cenário, jogadores deram atenção aos torcedores: Bruno Henrique e Danilo foram os que mais se destacaram ao atender pedidos de fotos e autógrafos, aproximando o time da arquibancada e fortalecendo o vínculo com a Nação antes do apito inicial.
Recepção em Lima e o clima da torcida
A energia em Miraflores foi perceptível do desembarque até a chegada ao hotel. Pontos de concentração da torcida rubro‑negra reuniram pessoas vindas do Rio e de outras partes, que transformaram a área externa em uma grande festa de apoio ao Flamengo.
Bruno Henrique atendeu torcedores em espaços internos, retribuindo o carinho recebido, enquanto Danilo desceu do ônibus para ficar mais próximo da torcida e registrou fotos e autógrafos na rua. Esses gestos, além de empatia, funcionam como combustível emocional para a reta final da preparação.
Romário confirma torcida pelo Flamengo
Apoiadores históricos do futebol brasileiro também se manifestaram. Romário foi direto ao declarar seu apoio ao Mais Querido para a final na capital peruana, o que trouxe ainda mais prestígio e animação à Nação presente em Lima.
“Vai ser um jogo duro para c***! Flamengo e Palmeiras são os dois melhores clubes de futebol da América do Sul, no momento, pelo menos para mim. Se me perguntarem para quem eu vou torcer, pelo Flamengo!”
A força simbólica de ter nomes como Romário torcendo pelo time ajuda a ampliar a atmosfera de confiança entre os rubro‑negros. O ex‑atacante também ressaltou a relação afetiva com o clube e com a cidade do Rio, pedindo um grande espetáculo para a torcida.
“O time que eu já vesti a camisa, que eu tenho uma ótima relação com a torcida, com os dirigentes e, o principal, é do Rio de Janeiro. Espero real que seja um jogão. O futebol merece!”
Retrospecto e o confronto contra Abel Ferreira
No campo, o histórico recente favorece o Flamengo: as equipes se enfrentaram duas vezes na temporada e o Mengão saiu vencedor em ambas as ocasiões, aumentando a confiança do elenco e da comissão técnica para a decisão em Lima.
Do lado do Palmeiras, declarações da presidência indicaram paciência com a comissão técnica mesmo diante de resultados recentes que preocupam parte da torcida adversária. O discurso de manutenção da estabilidade administrativa também é parte do cenário que a equipe carioca enfrenta fora das quatro linhas.
“Independentemente do resultado da final, e tenho certeza que o vento vai continuar soprando a nosso favor, meu desejo é continuar com minha comissão técnica e com meu diretor de futebol até dezembro de 2027. Verbalmente está tudo certo”
Treinos finais: ajustes de Filipe Luís e definição do time
O Flamengo terá dois dias oficiais de treino antes da decisão: sessões previstas para quinta (27) e sexta (28), quando Filipe Luís e sua comissão vão trabalhar ajustes táticos, cuidado físico e a definição do time titular para o confronto no Estádio Monumental.
Os trabalhos em Lima serão monitorados pela comissão técnica com foco em detalhes que podem decidir a final: organização defensiva, transições rápidas e variações ofensivas para aproveitar jogadores como Bruno Henrique, Pedro e os meias que dão cadência ao time.
Segurança e respeito: episódio com jornalista reacende debate
Apesar do tom majoritariamente festivo, a festa do embarque e a cobertura do AeroFla também foram marcadas por um episódio lamentável envolvendo uma profissional de imprensa. O caso gerou comoção e um pedido público por mais respeito e proteção aos jornalistas em campo.
“Normalmente essas coberturas com torcida já são bem cansativas, mas hoje foi ainda mais por conta do episódio que aconteceu. Eu estava entrando ao vivo para a Globo e puxaram o meu cabelo. Na primeira vez que puxaram, achei que tinha sido sem querer, a gente está acostumada a fazer essas coisas com torcida e às vezes tem empurra-empurra, tem uma muvuca, que é normal”
Ao detalhar o acontecido, a repórter afirmou que houve repetição do ato e que não foi possível identificar os responsáveis, destacando a diferença entre manifestações de afeto e agressões físicas durante coberturas ao vivo.
“Tem algumas coisas que são agressão e o que aconteceu hoje foi uma agressão, é uma situação lamentável, fiquei muito triste por ter vivido isso”
Ao encerrar seu relato, a profissional fez um apelo ao bom senso da torcida e reforçou a necessidade de respeitar quem trabalha em campo, com ênfase especial na proteção às mulheres que cobrem futebol.
“Espero que não se repita mais, que sirva de aprendizado para que essas pessoas que faltam com respeito com jornalistas na rua que estão trabalhando, principalmente com mulheres, se toquem de alguma forma”
O que esperar da final e o valor do tetracampeonato
A decisão no Estádio Monumental de Lima acontece no sábado (29), às 18h (horário de Brasília). Além da conquista do título continental, a vitória representa a possibilidade de o clube brasileiro alcançar o tetracampeonato da Copa Libertadores — um marco inédito que acrescenta ainda mais apelo histórico ao jogo.
Para a Nação rubro‑negra, a combinação entre apoio in loco, bom momento do elenco e a liderança tática de Filipe Luís compõe a receita de esperança para a conquista. A expectativa é alta, mas o foco do grupo segue voltado para a execução em campo e o controle emocional diante da pressão.
Nos próximos dias, a prioridade será manter a preparação física e mental do elenco, preservar a segurança dos torcedores e profissionais e transformar a grande expectativa em desempenho nos 90 minutos — e, se necessário, além deles.
O Flamengo entra em campo com a missão de transformar o entrelaçamento entre torcida e time em um desempenho que escreva mais um capítulo vitorioso na história do clube e da Nação.