Flamengo pode chegar a cinco trocas de técnicos em três anos

Clube ainda não terminou a temporada sob o mesmo comando na gestão Landim

Por: Ana Beatriz Zayat

Independentemente da reestruturação e do patamar atingido nos últimos anos, há algo no Flamengo que não muda: a dança das cadeiras entre treinadores. De 2019 para cá, por exemplo, foram quatro trocas – cinco se considerarmos a iminente saída de Renato Portaluppi, que certamente não estará na comissão técnica da equipe para 2022. Há riscos, inclusive, de demissão antes do fim do Campeonato Brasileiro 2021. Ou seja, em três anos, o Mais Querido sequer conseguiu terminar a temporada sob mesmo comando de quem a iniciou.

Quando assume o cargo mais alto no Flamengo, em 2019, o presidente Rodolfo Landim anuncia Abel Braga como plano A para o desenvolvimento daquela temporada. O brasileiro, considerado ultrapassado pela esmagadora maioria rubro-negra, se mantém apenas até junho – quando pede demissão após ser xingado pela torcida na vitória de virada por 3 a 2 sobre o Athletico, no Maracanã. O ex-treinador liderou o time por 28 jogos, triunfou em 18, empatou seis vezes e foi derrotado em quatro oportunidades. O que representa um aproveitamento de 64%.

No mesmo mês, a diretoria fez sua jogada mais arriscada e buscou um substituto no Velho Continente. Foi assim que Jorge Jesus desembarcou no Rio de Janeiro, dia 17 de junho de 2019, para iniciar trajetória mais emblemática dos últimos 38 anos da história do Mais Querido. Após conquistar a Libertadores da América, Recopa Sul-Americana, Brasileiro 2019, Supercopa do Brasil 2020 e o Carioca 2020, o Mister deixou o comando rubro-negro para retornar ao Benfica, seu clube atual. O português saiu do Fla com 43 vitórias, dez empates e menos derrotas do que troféus: apenas quatro. Ao todo, viu seu time balançar as redes 129 vezes e ser vazado 47.

O espanhol Domènec Torrent foi o escolhido para ocupar o cargo deixado por Jorge Jesus, em agosto de 2020. Dome, como era conhecido, foi derrotado em sua estreia, por 1 a 0, para o Atlético-MG, pelo Brasileirão à época. Depois disso, cumpriu apenas outros 22 jogos pelo Rubro-Negro e acumulou 13 vitórias, quatro empates e seis derrotas. Foi demitido e substituído em menos de 24 horas por Rogério Ceni, em novembro da mesma temporada.

Rogério Ceni iniciou sua trajetória diante do ex-clube, São Paulo, dia 11 de novembro, pela fase mata-mata da Copa do Brasil, e foi derrotado nas duas oportunidades, ida e volta, antes de ser eliminado do torneio. A primeira vitória do ex-treinador veio apenas na quarta partida, por 3 a 0, sobre o Coritiba, pelo Brasileirão. Antes de ser trocado por Portaluppi, o ex-goleiro cumpriu 45 compromissos à frente do Mais Querido: triunfou em 23, empatou 11 e amargurou o mesmo número de derrotas.

Apesar de manter-se no cargo, Renato Portaluppi dificilmente terá continuidade à frente do Flamengo após perder os três títulos que disputava quando assumiu o comando técnico do clube. O vice para o Palmeiras desestabilizou por completo a relação que já não era unanime dentro do Mais Querido. Até o momento, o treinador cumpriu 37 partidas, venceu 24, empatou oito e acumulou cinco derrotas – entre elas, a primeira da história em uma final de Libertadores. Contudo, deve ir a campo contra o Ceará nesta terça-feira (30), às 20h (horário de Brasília), no Maracanã.

Fonte: https://colunadofla.com/2021/11/flamengo-pode-chegar-a-cinco-trocas-de-tecnicos-em-tres-anos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=flamengo-pode-chegar-a-cinco-trocas-de-tecnicos-em-tres-anos

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