No reencontro do Flamengo com Paulo César Carpegiani — que treinou o Rubro-Negro até março e hoje está à frente do Vitória, adversário às 19h30, no Maracanã — uma análise superficial pode fazer o torcedor sentir saudades do antigo técnico. Afinal, nos 17 jogos sob seu comando o time registrou aproveitamento de 70,6% contra 59,5% na Era Barbieri. Mas o que separa as passagens dos dois pela Gávea vai muito além de porcentagens.
Dos dias com Carpegiani, demitido após a queda no Estadual, para o período com Barbieri mudou o nível de dificuldade dos rivais, a forma de jogar do Flamengo e até alguns nomes do time. Além da chegada de Vitinho, no meio do ano, foi com o atual treinador que Cuéllar se consolidou no meio-campo. Hoje, o colombiano é uma das principais peças da equipe.
Com Carpegiani, o time já atuava no sistema tático atual. Mas pode-se dizer que Barbieri, seu auxiliar no início do ano, fez a ideia evoluir. O Flamengo, que já valorizava a posse de bola, passou a fazer dela um mantra. Não à toa, a média de passes trocados aumentou de 368 para 394 por jogo.
Com mais posse, os cruzamentos diminuíram. A média de tentativas caiu de 25 para 21,4 por jogo. Em contrapartida, as finalizações certas subiram de 4,9 para 5,2. Atrás, o Rubro-Negrou passou a desarmar mais: 16,5 para 19,4. Os dados são do site “Footstats”.