As negociações do Flamengo com as famílias de Bernardo Pisetta e Vitor Isaías estão perto do fim, mas não da maneira que as partes esperavam. As duas últimas ofertas feitas pelo advogado Thiago D’Ivanenko, que representa os parentes das duas vítimas, foram rejeitadas pelo clube, que fez contrapropostas com valores menores. As cifras apresentadas não foram aceitas.
A postura do Flamengo desagradou às famílias que começam a estudar a possibilidade de encerrar as tratativas com o clube e recorrer à Justiça. O advogado Thiago foi procurado pela reportagem. Para ele, "essa é uma possibilidade crescente, pois sente que a paciência dos parentes está perto do fim".
A reportagem apurou que o escritório de advocacia que representa o Flamengo entendeu que as duas propostas apresentadas pelo representante dos familiares de Bernardo Pisetta e Vitor Isaias foram com "valores muito altos".
Até o momento, o Flamengo entrou em acordo com os familiares de Áthila, Gedinho e o pai de Rykelmo. A mãe, divorciada, não entrou em consenso com o clube e vai entrar na Justiça.
No caso de Arthur, Christian, Jorge Eduardo, Pablo, os advogados que os representam ainda esperam que o clube entre em contato. A tendência é que procurem a Justiça, como fez a mãe de Rykelmo.
A advogada Paula Wolf, que representa a família de Jorge Eduardo, disse à reportagem que aguarda a conclusão das investigações para decidir o que fazer.
Mariju Maciel, que representa os parentes de Pablo, disse que o pai da vítima está em "depressão total" e liga todos os dias para a advogada na esperança de ter uma novidade.
Marcio Costa, advogado da família de Cristian, limitou-se a dizer que "não tem novidades" no caso.
A família de Samuel é representada pela Defensoria Pública.