Flamengo x Cruz Azul é o duelo que abre as quartas da Copa Intercontinental nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, em Doha, e reúne fatores que podem decidir o jogo: o desfalque de Jesús Orozco no time mexicano, a escalação quase completa do Rubro-Negro e o histórico do árbitro sueco Glenn Nyberg, cuja forma de apitar promete influenciar ritmo e finalização do confronto.
Como chega o Cruz Azul para o confronto
O Cruz Azul desembarca no Estádio Ahmad bin Ali com uma baixa séria na zaga. O zagueiro Jesús Orozco sofreu luxação no tornozelo direito com lesão ligamentar no último sábado e foi submetido a cirurgia, ficando fora das quartas contra o Flamengo. A ausência altera o desenho defensivo do técnico Nicolás Larcamón e impõe ajustes na recomposição da equipe.
Além do problema físico, o momento do Cruz Azul está longe do ideal: a equipe foi eliminada nas semifinais do campeonato mexicano no fim de semana, o que compromete a confiança coletiva. Ainda assim, o time segue perigoso ofensivamente, com Gabriel Fernández como principal referência na frente e com capacidade de explorar transições rápidas.
Larcamón deve manter a proposta de três zagueiros, mesmo sem Orozco, com nomes como Willer Ditta e Erik Lira assumindo maior responsabilidade e jogadores de velocidade nas laterais para dar saída rápida. A provável formação citada antes do jogo é: Andrés Gudiño; Jorge Sánchez, Willer Ditta, Erik Lira, Gonzalo Piovi, Rodo Rotondi (ou Omar Campos); Charly Rodríguez, Jeremy Márquez, José Paradela, Nacho Rivero e Gabriel Fernández.
Situação do Flamengo e prováveis escolhas de Filipe Luís
O Flamengo viajou ao Catar com a base que conquistou Brasileirão e Libertadores praticamente intacta. A única ausência confirmada para a estreia é Pedro, que segue em recuperação de lesão na coxa; apesar disso, o atacante integrou a delegação e há expectativa por sua volta ao longo do torneio, sem condição de jogo contra o Cruz Azul nesta quarta.
Filipe Luís deve repetir a filosofia do time campeão, priorizando posse, trocas rápidas de posição e agressividade nas transições. A escalação apontada para o início do duelo é: Rossi; Varela, Danilo (ou Léo Ortiz), Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Carrascal, Samuel Lino e Bruno Henrique. Essa formação busca equilíbrio entre criação e solidez defensiva.
Com Arrascaeta e Carrascal articulando, o Flamengo aposta na capacidade de infiltração e na velocidade de Bruno Henrique e Samuel Lino. A presença de jogadores experientes, como Alex Sandro e Pulgar, amplia as opções táticas para segurar a vantagem ou acelerar a partida conforme a necessidade.
Glenn Nyberg: perfil do árbitro e por que ele está em evidência
O árbitro escalado para Flamengo x Cruz Azul é o sueco Glenn Nyberg, dramaturgo de decisões polêmicas em jogos recentes de nível internacional. Nyberg conflitou com críticas públicas após lances na Champions League e chamou atenção em uma partida dos Jogos Olímpicos de Paris, episódios que acendem um alerta sobre como as interpretações poderão impactar o jogo em Doha.
Na Champions, em Arsenal x Bayern, a atuação de Nyberg incluiu decisões interpretativas que irritaram a comissão técnica adversária. Nos Jogos Olímpicos, sua gestão de tempo — com acréscimos longos e necessidade de retomada do jogo após invasão — virou tema global. Esses antecedentes colocam em pauta o quanto a arbitragem poderá modelar o desfecho do confronto.
“A explicação é horrível. O árbitro tomou uma decisão grande contra nós.”
O que o Flamengo deve evitar com Nyberg em campo
O estilo de Nyberg costuma penalizar perdas de tempo, catimba e simulações. Para o Flamengo, que valoriza circulação de bola e pressão alta, o principal desafio será manter a disciplina e evitar protestos em bloco que podem render advertências ou acréscimos extensos que alterem o psicológio do time nos minutos finais.
Dentro da área, a tendência do árbitro de interpretar o contexto pode beneficiar ou prejudicar as reclamações por pênalti — por isso, a objetividade na construção das jogadas é essencial. Reclamações excessivas também tendem a ser mal vistas; foco e controle emocional são armações defensivas adicionais para o Rubro-Negro.
Pontos táticos a observar durante a partida
Sem Jesús Orozco, a recomposição do Cruz Azul nas transições será um ponto frágil a ser explorado. O Flamengo deve explorar as passagens pelo lado direito, com Bruno Henrique e Carrascal buscando diagonais e infiltrações. A pressão alta pode forçar erros na saída de bola dos mexicanos.
Nas bolas paradas, o Flamengo tem vantagem com zagueiros de boa estatura e marcação agressiva, mas precisa cuidado com a referência de Gabriel Fernández em velocidade na reta final. O equilíbrio entre atacar com intensidade e proteger os espaços para contra-ataques será determinante no trabalho de Filipe Luís e de jogadores como Pulgar, Jorginho e Danilo (ou Léo Ortiz).
O banco de reservas também pode ser decisivo: opções como Everton Cebolinha, Michael e Juninho trazem alternativas de velocidade e drible para mexer no jogo se o confronto se tornar truncado. A leitura de Filipe Luís na velocidade das substituições pode inclinar o jogo a favor do Flamengo.
O que está em jogo e como acompanhar
Além da vaga na semifinal e do troféu simbólico da Copa Intercontinental, o jogo tem valor para a construção de imagem do Flamengo em competições internacionais e para a manutenção do ritmo competitivo do elenco campeão. A equipe rubro-negra entra como favorita pelo conjunto e pela continuidade do trabalho tático.
Com a bola rolando às 14h (de Brasília), a atenção da Nação deve se concentrar no controle do ritmo, nas leituras do árbitro e na capacidade do Flamengo de transformar superioridade em oportunidades claras. Mesmo favorito, o time precisa evitar relaxamento e administrar os momentos de pressão para não ser surpreendido até o apito final.