Flamengo x PSG ganha um capítulo extra de simbolismo com a declaração pública de apoio do Olympique de Marseille ao time rubro-negro antes da final da Copa Intercontinental. A mensagem do clube francês reforça um ambiente de rivalidades transversais e acentua a expectativa da Nação para o duelo em Doha, marcado para 17 de dezembro de 2025.
O post do Olympique de Marseille veio logo após o Flamengo erguer a taça da Copa Challenger contra o Pyramids e chamou atenção por reunir futebol, história e alianças inesperadas entre torcidas europeias e brasileiras. Para o Mengão, o recado é um reforço moral em uma decisão que vale o bicampeonato mundial.
Parabéns por mais um título, @Flamengo
E óbvio que estaremos na torcida por vocês na final da Copa Intercontinental
O voto de confiança do Marseille e a provocação à hegemonia local
A postagem do Olympique de Marseille acompanhada de foto do Flamengo com a taça simboliza como rivalidades locais na França — em especial entre OM e PSG — podem se transformar em apoio externo quando há confronto com um adversário comum. Nesta temporada, aliás, o Marseille venceu o PSG por 1 a 0, em 22 de setembro, com gol contra de Marquinhos, fato lembrado pela torcida rubro-negra como exemplo de que o campeão europeu pode ser batido.
Essa torcida declarada do OM, tradicional rival do Paris Saint‑Germain, dá um tom de “aliança por oposição” que aquece ainda mais a expectativa dos torcedores do Flamengo. Em tempos de decisões internacionais, pequenos episódios externos passam a ter peso simbólico dentro do vestiário e entre a torcida.
PSG já projetava confronto com o Flamengo
O encontro entre Flamengo e Paris Saint‑Germain não surge do nada: o PSG já mirava o mercado e o duelo com o clube carioca há anos. Em 9 de abril de 2016, o perfil do PSG voltado ao público brasileiro publicou a mensagem que ficou famosa entre os rubro-negros.
“Hey Flamengo, nós falamos sério, ainda nos encontraremos! 👊 #ParisDoBrasil”
Na mesma época, o dirigente Frédéric Longuépée explicitou o plano de internacionalização do clube e a importância do Brasil como mercado estratégico. A tese do dirigente reforça que o encontro decisivo em Doha é também fruto de uma aproximação esportiva e comercial que já vinha sendo trabalhada pelo PSG.
“Temos mais fãs no Brasil do que em Paris e na França. São cerca de 3 milhões de torcedores brasileiros. O Brasil está no coração do projeto do clube. Se fizermos um amistoso no país, tem que ser com o Flamengo. Podemos convencer o time a ir ao Brasil em breve”
Retrospecto entre Flamengo e PSG e peso histórico
Flamengo e PSG se enfrentaram três vezes na história, todas em Paris, com retrospecto equilibrado: vitória rubro-negra em 1975 (2 a 0, com dois gols de Luisinho Lemos), triunfo do PSG em 1979 (3 a 1, partida em que Zico marcou pelo Flamengo) e empate em 1991 no Torneio de Paris, quando Zinho anotou pelo Mengão e o Flamengo venceu nos pênaltis por 3 a 1, com defesas decisivas de Gilmar Rinaldi.
O duelo em Doha, portanto, é o primeiro com caráter decisivo entre as equipes e desempatará um histórico que por décadas ficou restrito a amistosos e torneios internacionais de caráter não oficial. O vencedor ganha não só o troféu, mas também a vantagem simbólica no retrospecto.
Como Flamengo e PSG chegaram à final e cenário em Doha
O Flamengo conquistou a vaga após vencer a Libertadores e superar duas fases na Copa Intercontinental: eliminou o Cruz Azul no Dérbi das Américas e passou pelo Pyramids nas semifinais da Copa Challenger. A trajetória reforça a confiança do elenco rubro-negro para a decisão contra o campeão europeu.
Pelo regulamento, o campeão da UEFA Champions League entra direto na decisão, motivo pelo qual o PSG fará apenas uma partida no Catar — a grande final contra o Flamengo, no Estádio Ahmad bin Ali, em Al-Rayyan, com a bola rolando a partir das 14h (horário de Brasília) na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025.
O fator torcedor também é relevante: espera-se presença considerável de fãs do PSG nas arquibancadas devido a vínculos comerciais locais, o que cria um ambiente desafiador para o Mengão. Ainda assim, a combinação de elenco, experiência e confiança da Nação mantém a expectativa positiva em torno do time dirigido por Filipe Luís.
Com a torcida moral do Olympique de Marseille, a lembrança das provocações do PSG e o histórico equilibrado entre os clubes, a final ganha contornos de clássico global — um jogo que transcende o resultado e entra para a narrativa histórica do Flamengo.
A Nação rubro-negra segue na expectativa e deve acompanhar cada lance da final em busca do bicampeonato mundial e de mais um capítulo de prestígio para o clube.