O Flamengo confirmou vaga na final do Intercontinental de Clubes ao derrotar o Pyramids por 2 a 0 neste sábado (13). Com gols de Léo Pereira e Danilo, ambos após cobranças de falta de Arrascaeta, o time de Filipe Luís voltou a mostrar eficiência nas bolas paradas, solidez defensiva e ainda comemorou o retorno de Pedro aos gramados.
Decisão na bola parada e controle de jogo
Em Doha, o Rubro-Negro dominou grande parte do primeiro tempo e soube explorar o ponto forte que vinha sendo trabalhado: as jogadas de bola parada. Aos 23 minutos, Arrascaeta cobrou com precisão e Léo Pereira subiu mais alto para abrir o placar de cabeça. A partir daí, o Flamengo assumiu o controle das ações.
No segundo tempo, apesar da tentativa de pressão inicial do Pyramids, a equipe brasileira manteve a organização defensiva. Aos seis minutos da etapa final, Arrascaeta novamente colocou a bola na área e Danilo repetiu o desfecho: cabeçada e 2 a 0. O resultado expressou a capacidade do time de transformar disciplina tática em oportunidade concreta.
Equilíbrio coletivo e leitura tática
O triunfo do Flamengo não se resumiu aos dois gols: a marcação coordenada dos volantes, a vantagem aérea explorada nas cobranças e a compactação defensiva impediram o adversário de criar chances claras. A equipe soube controlar ritmos e administrar a vantagem até o apito final, sem ser ameaçada de forma consistente.
Arrascaeta foi peça-chave na execução das bolas paradas, enquanto Léo Pereira e Danilo confirmaram a presença do time no jogo aéreo como um diferencial decisivo. A combinação de elementos táticos mostrou como o Flamengo vem se adaptando às demandas de uma competição curta e de alto nível.
Filipe Luís e a visão antes da final
Ao falar sobre a classificação, o treinador Filipe Luís enalteceu a entrega do grupo e projetou respeito e ambição para a final contra o PSG, adversário com grande poder ofensivo e técnico.
— Uma das fases do jogo. Tentamos trabalhar todas, temos jogadores poderosos nessas fases do jogo. Equipe soube defender, não tem adversário fácil. Começo de jogo foi bom, depois soubemos sofrer e tivemos um resultado merecido -, disse, antes de finalizar:
— Todos adversários são diferentes. Mas claro que é o melhor time do mundo, demonstrou, ganhou a Champions. Está no torneio por ser o melhor e com toda humildade do mundo vamos tentar ganhar para fazer história -, disse.
As falas de Filipe Luís misturam cautela e confiança: o treinador reconhece a força do PSG, mas também mostra ambição rubro-negra na busca pelo bicampeonato mundial.
Reações do elenco: Carrascal valoriza a equipe
O clima no vestiário foi de felicidade e foco. Jorge Carrascal destacou o rendimento coletivo e a importância de aproveitar as situações de bola parada para decidir partidas de alto nível.
— Muito feliz pelo título, pelo esforço que todos os companheiros fizeram. A verdade é que o primeiro tempo foi um pouco difícil. Tentei observar bem os espaços, onde poderia receber a bola. Acho que o segundo tempo foi um pouco mais fácil para mim, para encontrar esses espaços -, disse, antes de finalizar:
— Conseguimos aceitar que o jogo também se vence na bola parada. Agora é descansar um pouco, nos recuperar bem. Acho que vai ser um jogo muito difícil, porque sabemos o nível da equipe que é o PSG. Nós chegamos com muita confiança, muita atitude e muita vontade de seguir adiante. Vamos estar bem preparados -, concluiu Carrascal.
O recado do camisa 10 reforça foco na recuperação e preparação física, elementos que podem fazer diferença até a decisão em Doha.
Polêmica no fim: Zalaka, Pulgar e reclamação
Nos minutos finais, um episódio chamou atenção: o meia Zalaka, do Pyramids, teve uma queda na área após disputa com Erick Pulgar e pediu pênalti. A reclamação resultou em cartão amarelo e o jogador deixou o campo visivelmente contrariado. A cena repercutiu entre torcedores, mas não alterou o ritmo da comemoração rubro-negra.
A arbitragem manteve sua decisão e o Flamengo administrou bem os instantes finais, sem sofrer sustos significativos.
Retorno de Pedro e momento de descontração
O confronto marcou o retorno de Pedro após 50 dias fora por lesões que incluíram fratura no braço e desconforto muscular. O centroavante teve chance clara perto do fim, em lance originado por contra-ataque, e testou o goleiro adversário, mostrando que está pronto para agregar ao setor ofensivo na reta decisiva da temporada.
Também houve momento de leveza: Pedro e Léo Ortiz foram flagrados no telão durante a premiação e protagonizaram cena espontânea — Pedro acenou na direção errada e Ortiz riu ao corrigir o companheiro. Imagens que mostram a união do grupo em momentos importantes.
Preparação para a final e o que muda
A final está marcada para quarta-feira (17), às 14h (horário de Brasília), no Estádio Al Rayyan, em Doha. O confronto com o PSG será diferente em termos de desafio tático e controle de posse, e Filipe Luís terá que ajustar pontos como transições defensivas e variações ofensivas para buscar superioridade sobre um adversário com maior talento individual.
Além do aspecto tático, a agenda curta do Mundial exige recuperação eficiente: fisiologia, manejo de cargas e rotinas de sono serão determinantes para que os jogadores cheguem em condições ideais ao duelo decisivo.
Expectativa da torcida e significado do jogo
Para a Nação rubro-negra, a final representa a chance de escrever mais um capítulo importante na história do clube. O bicampeonato mundial seria uma conquista simbólica e esportiva que reforçaria a trajetória recente de sucesso do Flamengo em competições internacionais.
Nos próximos dias, o foco do clube será manter a unidade, intensificar ajustes específicos e preservar a confiança que a equipe demonstrou nas últimas partidas. O desafio agora é grande, mas o Mengão chega à final com elementos que podem surpreender o favorito.
Próximo compromisso: Flamengo x PSG, quarta-feira (17), 14h (Brasília), Estádio Al Rayyan, Doha. A torcida rubro-negra já vive a expectativa por mais um confronto histórico.