Fomos Campeões. E só! Mas o futuro é agora!

Salve, Salve, Nação Rubro-Negra!

Mais um título! O trigésimo quarto título carioca do Mengão! Aumentamos a hegemonia sobre a arco-irizada. E não fizemos mais do que a obrigação! Digo isso pelo fato do nosso elenco ser, disparadamente, o melhor dos cariocas. Afinal de contas, além de finalizarmos o campeonato com a melhor campanha em pontos corridos, também ganhamos as duas partidas finais jogando com um time bastante desfalcado. Com Diego, Donatti e Ederson estaleirados e o craque de bola Conca sem nem mesmo ter estreado, conseguimos ser campeões novamente em cima de um Fluminense muito bem armado e organizado pelo experiente Abelão.

Vamos às análises. O palco estava belíssimo. Maracanã lotado! O maior público pagante do Brasil no ano (coincidentemente os quatro maiores foram em jogos do Mengão – e ainda há quem chore achando que tem torcida maior que a nossa…). Maraca pintado de rubro-negro em, pelo menos, 65% da galera. Clima extremamente propício a mais um triunfo! So que não! O jogo começou com um Flamengo tenso e afobado. O tricolor das Laranjeiras entrou com tudo, abafando o Flamengo. Agredindo nossa zaga, conseguiram dois escanteios. No primeiro já passamos sufoco e no segundo, após uma bola desviada no primeiro pau (elas são fatais), mais um gol de cabeça tomado por nossa defesa, após o Ceifador ganhar a dividida com Réver. Resumo: em três minutos o Fluminense tirou uma vantagem construída em noventa minutos.

O jogo continuou com o Fluminense mais organizado em campo. Agrediam mais, mas paravam sempre numa defesa bem postada do Mengão e de um Márcio Araújo onipresente na marcação e como um bonecão de posto quanto estávamos em posse da pelota. No primeiro tempo ele se escondeu em todos os lances para não receber a bola, não dava opção de passe e geralmente se posicionava do lado oposto ao ataque rubro-negro. Mas devemos nos render a seu poder defensivo. Um leão! Desarmou tudo! Todos! Ninguém passa pelo ferrolho Araújo. Que disposição, que ímpeto, que fôlego! No segundo tempo, marcinho quase fez um gol memorável! Continuando, não vimos muito a cor da bola no que restou do primeiro tempo.

Veio o segundo tempo e o Fluminense também começou com tudo, pois o um a zero não bastaria para a conquista do título. Foram cinco minutos com superioridade tricolor, tempo suficiente para que o Flamengo ajustasse a marcação, começasse a dominar as ações e a pleitear o empate. Zé Ricardo trocou Berrío e Éverton. Entraram Rodinei e (pasmem) Gabriel. Vejam como é o futebol, em duas bolas dele saíram os gols da virada do Mengão (sendo que em um deles, brilhou novamente a estrela de Zé Ricardo com Rodinei e Gabriel sendo os pilares da virada rubro-negra). O primeiro veio num escanteio que Guerrero guardou após Cavalieri bater roupa em cabeçada de Réver. Depois, em excelente passe para contrataque, onde Rodinei decretou o sepulcro tricolor, colocando a bola para morrer no fundo do barbante do dublê de goleiro, após expulsão do arqueiro do Flu. No final, fomos campeões. Fomos melhores no conjunto da obra. Dois jogos, duas vitórias. Invictos. Campeonato incontestável! Embora eu não considere esse campeonato relevante para nossa galeria de troféus.

Esse campeonato, na minha opinião, serviu somente para tirar o enorme peso dos ombros de todos no Flamengo: atletas, comissão técnica, diretoria e grande parte da torcida. Isso fará com que tenhamos menos pressão na continuidade do trabalho. O que mais podemos realmente tirar de lições dessa conquista? Começando pelas partes onde cabem melhoras, podemos destacar nossa defesa que está levando muitos gols de bolas aéreas (coisa que não acontecia anteriormente). Esse problema está relacionado a um problema fundamental: a má fase de nosso goleiro Alex Santana (aquilo não é muralha nem aqui, nem na China!). O mau posicionamento de nosso arqueiro passa muita insegurança à zaga que fica exposta, tendo a obrigaçãpo de rechaçar as bolas, haja vista que nosso arqueiro tem sido um caçador de borboletas incurável (atenção, mais uma vez, aos treinadores de goleiro). Tenho a certeza, absoluta, que devemos contratar um goleiro seguro. E para ontem (se quisermos ganhar a Libertadores, outros campeonatos e termos realmente uma grande solidez defensiva)! Outra coisa que não me entra na cabeça é a constante escalação do Gabriel. Não dá mais. Tá certo que ontem ele não foi tão mal assim, mas ele erra quase tudo o que tenta. Deu! Cobrarei aqui, mais uma vez, uma chance aos meninos de nossa base. Vizeu, Paquetá, Matheus Sávio, Ronaldo, Léo Duarte, entre outros. Onde estão? Foram teletransportados para o além? Porque o Zé Ricardo, técnico com 18 anos de clube, que passou por todas as categorias de base do Mengão, inclua-se aí o futsal, não os utiliza? Porque não dar chance ao meninos em detrimento a Gabriel e Damião, por exemplo? Isso deve ser explicado. Os meninos estão pedindo passagem.

Vamos à parte boa! Primeiramente quero destacar a maturidade do time, que não se abateu após tomar um gol logo aos três minutos de jogo. Continuou fazendo o seu jogo, colocando a bola no chão e mantendo a posse de bola. Teve cabeça para pressionar na hora certa sem deixar muitas brechas para o adversário sentir-se à vontade na partida. O Flamengo, hoje, tem um time que sabe o que deve fazer, tanto ofensiva quanto defensivamente, time que é empenhado e vende muito caros as suas derrotas (muitas delas devido aseus prórpios erros ofensivos e de má pontaria) . Quase sempre se impõe nas partidas e roda o elenco com muita solidez. Podemos até discordar de uma ou outra escolha do nosso treinador (o que é saudabilíssimo!), mas devemos destacar que o Zé nos deu um padrão tático excelente. Hoje temos confiança na equipe, sabemos que chegaremos longe e disputaremos todos os campeonatos dos quais participemos, e isso se deve ao trabalho sério e honestíssimo de nosso grande treinador. Outro ponto a ser destacado é a união da equipe e o discurso afinado (quase em uníssono) de todos os jogadores, ontem, após a conquista do Ferjão 2017. Todos os jogadores entrevistados disseram que após a comemoração pelo título, na noite de ontem, se reapresentariam na próxima terça-feira com foco total nas outras competições. A frase era a mesma: ainda vem muita coisa boa por aí! Isso soou, aos meus ouvidos, como um mantra! Como me senti reconfortado com essas declarações!

Isso nos dá, mais do que esperança, a certeza de que o trabalho continuará com um grupo cada vez mais unido e irmanado em prol de conquistas muito maiores num futuro muito mais breve do que esperamos. Essa gana por conquistas grandiosas é extremamente salutar para um time que almeja chegar e, principalmente, permanecer no topo. Tenho a certeza de que o caminho trilhado nos alçará ao protagonismo esportivo tão perseguido por todos no Clube de Regatas do Flamengo. Juntos, sólidos, unidos, elenco, comissão técnica, e diretoria nos darão alegrias incomensuráveis. Tenho plena convicção de que voaremos em céu de brigadeiro em pouquíssimo tempo. Crescimento cada vez mais sólido, finanças verdadeiramente em dia, em vias de construção do próprio estádio e, por fim, com um elenco sendo encorpado e fortalecido a cada janela. Esse é o Flamengo que sempre quisemos. Esse é o Flamengo que esperávamos há décadas. Esse é o Flamengo do futuro. E o futuro é agora! Vai pra cima deles Mengo!

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!

Fabio Monken.

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/05/fomos-campeoes-e-mas-o-futuro-e-agora/

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