O Flamengo deu adeus ao tempo de espera e abriu espaços para o tempo de celebração. Foram 38 anos até reconquistar a América e dez para se tornar heptacampeão. O roteiro não poderia ser diferente e foi escrito com doses exageradas de raça, de amor e de paixão – derrotas na fase de grupos da Libertadores, queda de técnico, eliminação na Copa do Brasil, deslize contra o Bahia, superação, volta por cima, goleada na semifinal continental, virada histórica contra o River Plate e festa do Brasileiro no meio de outra comemoração. Momentos eternizados por Gabriel Barbosa, principal nome deste ano magistral.
– Tatuei a taça (da Libertadores) não só porque ganhamos, mas por ter sido um momento muito lindo. Olha toda nossa trajetória… ganhar do Grêmio daquele jeito que foi, depois ir pro Peru com aquele mar de gente, ganhando do River do jeito que foi e ainda teve nossa volta. Ou seja, tatuei por esses momentos inesquecíveis -, explicou antes de concluir:
“É lindo ver o carinho deles e cada um demonstra de uma forma, né? Nós estamos felizes e existem músicas novas falando de 2019. É um ano que vai ficar marcado, não só para gente, mas para toda torcida”.
A torcida do Flamengo fez seu papel e se deliciou com cada instante desta temporada memorável. O próximo confronto no Rio de Janeiro, contra o Avaí, será o último no Maracanã e a torcida já sente saudade do ano em que levantaram bastante a plaquinha anunciando gol do Gabigol. A expectativa, agora, é pelo Mundial de Clubes e, também, pela permanência do camisa 9 da Gávea.
Se vencer o Avaí, o Flamengo será o único mandante invicto do Campeonato Brasileiro – mais um recorde para este elenco de Jorge Jesus. O último revés no estádio aconteceu em abril, contra o Peñarol, pela fase de grupo da Libertadores – ainda sob o comando de Abel Braga. Desde sua chegada, o Mister não perdeu no Maracanã.
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