O Flamengo inicia a disputa da semifinal da Libertadores, amanhã, contra o Barcelona de Guayaquil, com a confiança renovada em um elenco que teve a liderança reforçada. A chamada “Geração 85”, formada por Diego Alves, Diego Ribas e Filipe Luís, todos com 36 anos, ganhou o acréscimo de David Luiz, zagueiro dois anos mais novo, mas que deu ainda mais peso e se tornou rapidamente outra referência em momento de definição.
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Do quarteto, apenas Diego Alves tem atuado dentro das quatro linhas. Diego e Filipe se recuperam de lesão, mas o primeiro treinou e deve voltar ao time. David Luiz pode aparecer no banco, e a certeza é que todos terão papel essencial fora de campo, o mesmo que três deles já desempenham desde 2019. Nas situações de pressão — como a disputa do primeiro de dois jogos eliminatórios após a má atuação no Brasileiro diante do Grêmio —, a presença de atletas desse porte é vista no clube como diferencial.
A renovação contratual do trio é tratada como questão de tempo, sem muitos empecilhos. Diego Ribas, Diego Alves e Filipe Luís têm contrato até dezembro e todas as partes acreditam em acordo por mais um ano. Embora não entreguem em campo o que já apresentaram em seus auges, uma das funções de gestão dessas lideranças é aliviar as cobranças externas, sem deixar de exigir que se cumpra o que se treina. Outra é amenizar comportamentos fora da curva, como rompantes irritadiços de Gabigol, e até uma áspera discussão que houve entre Willian Arão e Gustavo Henrique, apartada por Diego.
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Não só com Renato Gaúcho, mas com os técnicos anteriores o trio já tinha essa função. Sem falar no entendimento do jogo. O peso de terem uma carreira na Europa, com experiência na disputa de grandes títulos, faz do trio uma referência que se impõe naturalmente no vestiário do Flamengo.
Diego Alves se mantém como a principal voz em campo, que orienta toda a defesa. Nos treinos, faz coro com Diego Ribas e Filipe Luís no cumprimento dos movimentos táticos. Sem os três, essa obediência coletiva não tem sido a mesma nas últimas partidas. Entretanto, a ideia é que eles não sejam expostos a problemas físicos maiores. Por isso, Filipe Luís só volta ao time no jogo do Equador. O mesmo ocorrerá com Arrascaeta.
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A imposição da “geração 85” no elenco torna o ambiente mais tranquilo e vencedor em momentos de tensão. Os atletas mais jovens sentem o peso da carreira do quarteto e se tornaram seguidores naturais, fazendo-os de mediadores com a diretoria. A cobrança sobre tudo o que é combinado com os atletas passa por eles e as demandas da direção também voltam ao elenco através deles.
Títulos na bagagem
A “geração 85” chega à terceira reta final de temporada no Flamengo com sete títulos conquistados em conjunto com o grupo atual. Voltar à final da Libertadores é a principal meta para 2021. O mesmo vale para o Mundial de Clubes. Os objetivos são os mesmos de David Luiz, que tem 22 títulos na carreira, incluindo Liga dos Campeões e já é visto no Flamengo como um reforço peso-pesado no quesito liderança — e já vestiu a camisa com esta função.
























