Desde novembro de 2017, o atacante Paolo Guerrero vive o maior drama de sua carreira futebolística, após ser pego no doping por conta da substância benzoilecgonina, metabólito da cocaína. A última decisão judicial, que foi por parte do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), determinou o afastamento do jogador por 14 meses, o deixando, inclusive, fora da Copa do Mundo.
Nesta terça-feira (29), o atleta peruano conversou com a emissora BBC para comentar sobre o assunto. Durante a entrevista, o jogador relembrou como foi o momento da ingestão do chá contaminado, garantindo que ele tinha certeza de que não estava utilizando nenhuma substância ilícita.
— A nutricionista escutou que pedi um digestivo ao doutor e ela sugeriu tomar um chá de anis, para que fosse melhor, já que estava com o estômago inchado. Me trouxeram uma caneca de chá e comprovei que era um chá de anis, e eu mesmo o dissolvi na água e tomei —, disse ele.
Na sequência, o camisa 9 do Flamengo voltou a ratificar sua inocência. Segundo ele, não havia nenhum motivo para ele consumir alguma substância com intuito de ter melhor desempenho em campo. Até porque a benzoilecgonina não traria benefícios na prática do esporte.
— Não tenho porque ingerir chá de coca porque isso não melhora o rendimento e porque sei, e tenho muito claro, que é uma substância proibida para qualquer atleta. Menos ainda jogando na oportunidade que tínhamos (de ir ao Mundial), faltando duas partidas para a classificação. Não teria porque ingerir uma substância que poderia me afetar ou prejudicar minha carreira.
A última atitude de Guerrero e seus advogados foi entrar com ação na justiça comum da Suíça, saindo do âmbito esportivo. O jogador conta com o apoio da Federação Internacional de Futebolístas Profissionais (FIFPro), mas a situação parece cada vez mais difícil de ser resolvida com aval positivo para o peruano.