Guia do Mundial de Clubes: Al-Sadd de Xavi e Hienghène de Félix Tagawa abrem torneio

Dez dias antes da final do Mundial de Clubes, o torneio terá seu pontapé inicial, nesta quarta-feira, em Doha, num confronto de pouco apelo no qual os técnicos são as principais atrações dos times. Guardadas as devidas proporções, é claro.

O Al-Sadd, equipe do país- sede, traz a grife de Xavi, um dos principais jogadores da Espanha campeã mundial de 2010 e do multicampeão Barcelona. Conquistou o direito de participar do playoff, que dá vaga nas quartas de final para enfrentar o mexicano Monterrey, graças ao título nacional.

O treinador espanhol chegou em maio deste ano com uma entourage do seu país para promover o futebol qatari. Ainda não deu para fazer muito nas quatro linhas, mas serve como um bom garoto propaganda da Copa do Mundo de 2022.

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Seu time, contudo, conta com os dólares abundantes. Não tem um grande nome do futebol europeu ou sul-americano no elenco, mas o atacante argelino Baghdad Bounedjah se destaca com seus gols nos torneios locais.

Do outro lado, a fragilidade de uma equipe semiamadora fica de lado pelo feito histórico do modesto Hienghène, da Nova Caledônia, comandado pelo taitiano Félix Tagawa.

O ex-atacante de 43 anos, com passagem pela Austrália, provocou uma revolução no futebol do país. Desbancou os times mais tradicionais da Nova Caledônia, como o Magenta e o Mont-Dore, conquistou o título nacional e a Liga dos Campeões da Oceania. A primeira taça continental de um clube do país.

— Eu espero que meu time jogue sem medo. Será necessário jogar nosso futebol — disse ele à Fifa.

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Felix Tagawa é o técnico do Hienghène Foto: Agência O Globo

Em maio deste ano, a final inédita da Liga dos Campeões da Oceania parou a Nova Caledônia. No confronto entre o tradicional Magenta, da capital Noumea, e o Hienghène, o time da comuna de mesmo nome, levou a melhor com o gol único de Roine.

Festa dos 2.500 moradores de maioria Kanak (nativos) na cidade ao norte da Nova Caledônia, arquipélago do Pacífico sob domínio da França.

Com a classificação, o clube, fundado em 1997, se reforçou com dois estrangeiros: o brasileiro Marcos Paulo e o português Pedro Luis. Mas o principal nome é de Bertrand Kai, capitão da equipe. Na chegada em Doha, ele lançou o slogan do time “Koi Theen” (“vamos em frente”, na língua local).

— Eu nunca esperei o clube da minha pequena cidade natal coloca os pés num cenário global — avisou.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/guia-do-mundial-de-clubes-al-sadd-de-xavi-hienghene-de-felix-tagawa-abrem-torneio-rv1-1-24130681.html

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