Foi uma tarde em que o “rubro-negrismo” tomou conta da cidade. Não era dia de jogo, não era dia de premiação, não era nenhuma contratação: era dia de Flamengo. Era dia de Maraca. Há um ano, o Rubro-Negro transformou o Rio.
O elenco do Flamengo vivia um início de 2018 conturbado. Depois de ser eliminado do Campeonato Carioca e começar a Libertadores com resultados medianos, o Mais Querido precisava usar a receita que mais vezes deu certo em sua história: chamar a Maior Torcida do Mundo para o seu lado.
O Rubro-Negro enfrentaria o Santa Fé-COL no Maracanã, mas a Nação não poderia estar presente. Graças a uma punição da CONMEBOL, a partida aconteceria diante de um estádio com portões fechados. A solução foi convocar a torcida com um dia de antecedência.
Os ingressos custavam pouco: 1 kg de alimento não-perecível. Sócios-torcedores puderam fazer check-in pela internet. Mais de 20 lojas oficiais do clube ajudaram na logística e as filas eram intermináveis. E, assim, um simples treino preparatório se transformou em uma festa popular e inesquecível. 45.997 pessoas estiveram presentes para saudar o elenco, mostrar seu apoio e, mais do que tudo, cantar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro.
Muitos torcedores tiveram a chance de realizar um sonho: ver o Flamengo pela primeira vez. Foi o caso de Marquinhos. O garoto de 13 anos, de família humilde, nunca tivera a chance de ver de perto sua maior paixão. Conseguiu o último ingresso da bilheteria de Caxias e sua emoção viralizou nas redes sociais. Cada torcedor, flamenguista ou não, também se emocionou ao ver a pureza e a verdade no sentimento do menino quando Vinicius Junior entrou no gramado.
O evento marcou a aproximação da Nação com o elenco. Apesar do empate sem gols na partida do dia seguinte, o Flamengo se reabilitou e atingiu alguns dos melhores resultados da temporada 2018 logo em seguida. A festa da Maior Torcida do Mundo é, até hoje, o maior público em treinos abertos no Brasil. Só podia ser o Flamengo, só podia ser no Maracanã.
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