iego foi agredido e outros jogadores do Flamengo foram hostilizados por um grupo de torcedores no embarque do elenco para Fortaleza na última sexta. Com gol na vitória por 3 a 0 sobre o Ceará no domingo, o meia comemorou nos braços da torcida e reverenciou os rubro-negros presentes no Castelão. Após o jogo, disse que não pensou em deixar o Fla e que, se preciso, andaria escoltado para defender o clube. Convidado do "Seleção SporTV" desta segunda, Juninho Pernambucano acredita que a declaração pode abrir margem para novas agressões.
– Ele teve a oportunidade de defender a classe, mas preferiu usar a experiência para evitar o conflito, dizer que aquilo não doeu. Mas no olho dele estava explícito. No momento que ele falou que aceita andar com segurança para jogar no Flamengo, deu total liberdade para o torcedor fazer isso de novo. Ele fez uma má leitura da situação. A coisa é muito séria. A segurança no Rio é péssima hoje. Outra coisa errada é a pilha da imprensa. Muita pilha. Quem lê certas coisas quer matar – defendeu o comentarista.
– A sensação do torcedor é que ele tem direito, ele não é punido. Você percebe nas imagens (embarque do Flamengo) que os torcedores se relacionam com os seguranças, que eles sabem quem são eles. O problema é muito maior. É a terra do "tudo pode" – acrescentou Juninho Pernambucano.
Diego é agredido por torcedores no embarque do Flamengo (Foto: Reprodução / Esporte Interativo)
O apresentador do "Seleção SporTV", André Rizek, lembrou de agressões passadas a jogadores, e afirma que a intolerância no futebol brasileiro está cada vez mais aparente e perigosa.
– Diego não está sozinho. Isso é algo que vem acontecendo há algum tempo no futebol brasileiro. Este é mais um capítulo dessa intolerância, dessa violência, que se tornou figurinha carimbada no Brasil. O torcedor imagina que ao agredir fisicamente, o time vai jogar mais. Ele não quer que o jogador seja demitido.
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