A dois dias de completar exatos cinco meses no Flamengo, Jorge Jesus já deixou um legado histórico para o clube e, principalmente, para o futebol brasileiro. O futebol, hoje tratado como revolucionário, é, também, um resgate aos bons e velhos tempos de um estilo de jogo admirado nacionalmente. Com um apetite insaciável por gols, esta é, certamente, uma das maiores lições do Rubro-Negro sob o comando do Mister. De acordo com a entrevista do comandante para o jornal ‘A Bola’, o carinho e o respeito dentro e fora das quatro linhas é reciproco.
– Ganhar a Libertadores é tão importante como ganhar a Champions. O Flamengo me deu uma dimensão mundial. Talvez as duas melhores equipes (pausa)… talvez não… tenho certeza, foram as duas melhores equipes que treinei, este time do Flamengo e a minha primeira equipe no Benfica. No meu primeiro ano no Benfica, em 2009/10, eu tinha uma equipe muito parecida com esta do Flamengo, com jogadores de características muito parecidas -, disse.
Embora não pareça, o técnico enfrentou – e ainda enfrenta – alguns obstáculos no futebol brasileiro. Uma das situações que mais incomodaram o treinador foi justamente as constantes trocas de comando entre as equipes no meio, ou até mesmo no final, dos campeonatos.
– Após a pressão de perder as competições, o presidente não me deixou sair do Benfica e logo depois ganhamos tudo o que havia para ganhar! Por quê? Porque o Benfica tinha uma estrutura que eu sabia que, mesmo tendo perdido, estávamos mais próximos de vencer. Claro que pode haver momentos que os clubes precisam mudar, mas, na minha opinião, não é mudar de treinador a três rodadas do fim de um campeonato. É minha opinião (usando o caso do Mano Menezes como exemplo) -, declarou.
O futuro de Jorge Jesus no Brasil ainda é incerto, mas sua contribuição está marcada na história do clube mais popular do mundo. Em pouco menos de cinco meses, o Mister reconquistou a América – após 38 anos de espera – e conquistou – com antecedência – o Campeonato Brasileiro, com uma pontuação história e recordista na era dos pontos corridos.
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