Uma das peças mais questionadas da era Ceni, Éverton Ribeiro voltou a participar de um gol na vitória por 3 a 2 sobre a LDU. Para alguns, o futebol do camisa 7 passa por um momento ‘conturbado’. Para outros, é apenas uma questão de mudança tática. De acordo com a análise de Cahê Mota, jornalista responsável pela cobertura do time, o meia ”não tem mais tanta obrigação ou liberdade ofensiva”.
Seguindo a análise divulgada no Globo Esporte, o novo papel tático de Ribeiro traz mais desgaste na parte física e o deixa com menos perna e liberdade para desenvolver a questão técnica que estávamos acostumados.
“Foram mudanças de posição que afetaram diretamente o agora ex-volante e ex-meia. Não é bem assim. Discretamente e sem muito alarde Everton Ribeiro se viu obrigado a sacrificar o fôlego para ações ofensivas em prol do equilíbrio defensivo”.
“A equação é simples: por mudança tática, Ribeiro se desgasta mais na parte física e tem menos perna e liberdade para desenvolver a técnica com a bola nos pés. Simples, mas muitas vezes (quase sempre) ignorado. Pois bem, estamos aqui para exemplificar em fatos e fotos. Literalmente.”
“Sem a eficiência de Willian Arão na cobertura dos laterais como primeiro volante, Ribeiro e Arrascaeta têm exigências defensivas muito maiores fechando o corredor e auxiliando Diego e Gerson. A réplica de que o uruguaio não teve impacto em seu rendimento é óbvia, mas também é óbvio que Filipe Luís oferece menos espaços a serem cobertos do que Isla do outro lado”.
Nota-se, ainda, que a construção de gols sofridos é maior pelo lado direito dentro da mudança proposta por Rogério Ceni: “Ribeiro na mesma proporção perderá fôlego para chegar na ofensiva e ser efetivo na construção. É fisiológico, e é uma compensação que está no pacote escolhido pelo técnico quando opta por um time com maior qualidade técnica desde os zagueiros”.