O ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, hoje prefeito de Belo Horizonte, participou do programa ‘Bola da Vez’, da ESPN, e falou sobre as diferenças de crescimento financeiro de Palmeiras e Flamengo ao ser questionado se acredita que a criação de uma liga entre os clubes brasileiros poderia encurtar a distância dos times mais ricos para as outras equipes.
Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no
Kalil começou fazendo questão de afirmar que não acha justo comparar o crescimento financeiro do Palmeiras com o do Flamengo. “O (crescimento financeiro) do Flamengo vem naturalmente pelo volume de torcida, como o Corinthians. O Palmeiras é a competência. Nos quatro anos que eu fui presidente do Atlético, o Palmeiras arrecadava muito menos que o Atlético. Houve uma série de boas gestões no Palmeiras e agora ele já tem a segunda maior arrecadação do Brasil, então vamos dar a César o que é de César. Vamos entregar ao Paulo Nobre, mais esse presidente novo que entrou aí (Maurício Galiotte) e a Leila Pereira. Entrou muito dinheiro e ele foi bem usado. Então, não pode comparar uma coisa com a outra”, avaliou.
“No Flamengo, quanto mais dinheiro entra, menos taça levanta. Não estou ofendendo, só estou lembrando que a outra gestão não ganhou nada”, acrescentou.
Sobe a criação da liga, Kalil lamentou. “O negócio da liga, é um negócio que cansa. Foram matando e achando que eram mais espertos que os outros, e estão matando o campeonato aos poucos. Hoje nós temos problemas”, analisou o ex-dirigente do Galo, que lembrou da postura do Palmeiras ao peitar a Globo por uma melhoria na cota referente aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
“Foi só um time colocar o nariz para fora, que a gente vê a confusão que deu. Se tivesse feito um negócio mais justo, não tinha dado a confusão que deu. Agora está aí, a encrenca feita”, disse Kalil, que ainda reforçou qual seria um papel da liga nesse tipo de negociação. “‘Nós queremos “tanto” ou não vai transmitir’. Se mais dois ou três fizerem isso, acabou o pay-per-view”, completou.
Vale lembrar que o programa foi gravado antes de Palmeiras e Globo chegarem a um acordo pelos direitos de transmissão do Brasileirão na TV aberta e no pay-per-view pelos próximos seis anos. O Verdão não garantiu a mesma cota de Flamengo e Corinthians, mas se aproximou dos rivais e abriu uma distância considerável do São Paulo.